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Internacional
Terça - 04 de Setembro de 2007 às 18:39

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WASHINGTON, 4 Set 2007 (AFP) - O governo iraquiano não conseguiu cumprir 11 das 18 metas propostas pelo Congresso americano para as reformas políticas e de segurança previstas no país, destaca um relatório do governo americano publicado nesta terça-feira.

"O governo iraquiano cumpriu três e obteve parcialmente um quarto objetivo, mas não cumpriu com 11 dos 18 parâmetros", informa GAO (US Government Accountability Office, órgão que supervisiona o governo).

O relatório é publicado no momento em que o Congresso americano se volta contra o conflito no Iraque e um dia após o presidente George W. Bush fazer uma visita surpresa ao território iraquiano para promover sua polêmica estratégia militar.

Após a pausa de verão (boreal), os legisladores foram chamados para examinar vários relatórios sobre a evolução da guerra, incluindo uma importante avaliação do presidente Bush e de seu comandante no Iraque, o que deverá ocorrer na próxima semana.

As conclusões publicadas hoje mostram que pontos legislativos fundamentais não foram superados, os índices de violência permanecem altos e que está pouco claro o destino dos 10 bilhões de dólares em verbas para a reconstrução.

O relatório precede os depoimentos no Congresso do comandante das forças americanas no Iraque, general David Petraeus, e do embaixador dos EUA em Bagdá, Ryan Crocker.

O auditor independente do governo dos Estados Unidos, general David Walker, disse hoje que o governo iraquiano não funciona, durante uma reunião no Comitê de Relações Exteriores do Senado.

"Eu acredito que o governo iraquiano não funciona, na verdade", disse Walker, que lidera o GAO, ao responder a pergunta se o governo do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, poderia ser descrito como um empreendimento falido.

Já a Casa Branca minimizou a importância do relatório desfavorável sobre o Iraque, afirmando que suas conclusões eram esperadas e não davam uma idéia completa da realidade iraquiana.

Tony Fratto, porta-voz da Casa Branca, considerou "mais útil esperar" os depoimentos dos líderes civis e militares no Iraque "para uma imagem mais completa da situação atual no país e para recomendações futuras".

"O relatório do GAO apresenta uma visão estática dos progressos no Iraque", insistiu Fatto.

Os democratas, que já tentaram em várias ocasiões tirar o controle da política militar do presidente Bush, devem utilizar o relatório e esta nova enxurrada de críticas para exigir, uma vez mais, a volta das tropas americanas.

O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, afirmou que a Casa Branca deve admitir que sua estratégia em uma guerra que já matou 3.700 soldados americanos e dezenas de milhares de iraquianos é um fracasso.

"Esta é a guerra de George Bush e ele é o responsável pelos erros e as decisões equivocadas que prenderam nossas tropas em uma guerra que parece não ter fim", disse Reid.





Fonte: AFP

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