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Polícia Brasil
Terça - 04 de Setembro de 2007 às 16:10

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O MPF (Ministério Público Federal) e PF (Polícia Federal) iniciaram hoje (4/8) a operação Carranca de Tróia com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em furtar dinheiro de contas bancárias pela internet. A ação foi realizada em Petrolina (PE), Fortaleza (CE) e Cedro (PE).

Foram cumpridos 26 mandados de prisão e cinco de busca e apreensão, além do seqüestro de bens dos envolvidos. Todas as prisões e apreensões estão relacionadas a práticas de crimes cibernéticos.

O grupo desviava recursos de clientes de diversas instituições bancárias para contas de pessoas previamente cooptadas, que atuavam como laranjas. Uma das instituições bancárias alvos da fraude foi a CEF (Caixa Econômica Federal).

As investigações, iniciadas em abril, revelaram também a prática de outros crimes, como lavagem de dinheiro. Verificou-se que os integrantes do grupo exibiam um padrão de vida incompatível com suas respectivas rendas. Adquiriram veículos, imóveis, comércio, entre outros bens.

As investigações revelaram ainda que policiais civis em Petrolina receberam 50 mil reais para permitir a fuga de integrantes do bando, em detrimento de mandado de prisão expedido pela Justiça Estadual. O processo, posteriormente, foi remetido para a Justiça Federal.

A organização agia de duas formas. Um das estratégias era a criação de páginas de Internet falsas de instituições bancárias. Os internautas eram induzidos a acessar as páginas clones por meio de mensagens de correio eletrônico ou do site de relacionamento Orkut.

A outra forma consistia no envio, para as máquinas das vítimas, de programas de computador espiões, que conseguem capturar os dados bancários sigilosos, como números da conta e agência, além das senhas de acesso.

Para dificultar as investigações, os criminosos cibernéticos armazenavam os dados sigilosos em pendrives, com o objetivo de acessar as contas bancárias a partir de diferentes lugares, como lan houses, cybercafés ou notebooks.

De posse das informações bancárias, os investigados invadiam as contas correntes das vítimas e faziam a transferência de valores para contas de laranjas, a partir das quais eram realizados saques, pagamentos de boletos, novas transferências, bem como a aquisição de créditos de celulares pré-pagos.





Fonte: Última Instância

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