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Cidades/Geral
Quarta - 08 de Maio de 2013 às 03:40
Por: Luciana Cobucci

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Após ouvir apelos do presidente da Cãmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados, pastor Marco Feliciano (PSC-SP) recuou e adiou a reunião desta quarta-feira que votaria o projeto que trata da “cura gay”. Também estava prevista a discussão do projeto que criminaliza a “heterofobia” - propõe cadeia por até três anos para quem discriminar heterossexuais. A assessoria do deputado informou apenas que a pauta foi transferida para o encontro da próxima quarta.



Oficialmente, a justificativa é que as quartas-feiras são os dias mais movimentados da Casa e, por conta dos protestos que o pastor vem enfrentando durante as reuniões da CDH, haveria risco à integridade física dos demais parlamentares e visitantes da Câmara.

 
 
Desde que assumiu a presidência do colegiado, Feliciano tem enfrentado protestos de ativistas dos direitos humanos e chegou a proibir o acesso do público à sala da reunião da CDH, apesar de disponibilizar telões para acompanhamento das sessões em outros plenários da Câmara. Feliciano também tem enfrentado protestos virtuais e o descontento dos próprios colegas, que consideram a recusa do parlamentar em renunciar ao colegiado um desgaste para a imagem da Câmara.

 
 
O projeto da “cura gay” altera uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e pretende suspender a vigência desse documento, que proíbe psicólogos de atuarem para mudar a orientação sexual de pacientes e considerar a homossexualidade como doença. Há quase 30 anos a homossexualidade foi excluída da Classificação Internacional das Doenças. O conselho emitiu nota, nessa terça-feira, para explicar a resolução.

 
 
“Estão sim proibidos os psicólogos de exercerem qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, e adotarem ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados. (...) A norma orienta os profissionais da Psicologia a não se pronunciar e nem participar de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”, defendeu o conselho representativo dos psicólogos em nota.




Fonte: Terra

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