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Economia
Terça - 04 de Setembro de 2007 às 08:11
Por: Valéria Cristina Carvalho

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O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, confirmou ontem em Cuiabá diante do vice-governador Silval Barbosa e dos representantes do setor produtivo que Mato Grosso só terá o poliduto se o Estado mais que triplicar a atual produção de álcool de 800 milhões de litros por ano. Ele foi um dos palestrantes do seminário Etanol Mato Grosso/Brasil Oportunidades e Desafios, promovido pela Federação das Indústrias (Fiemt), Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Assembléia Legislativa e Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme).

Machado deixou claro que o governo federal (Petrobras) "não pode se dar ao luxo de fazer a infra-estrutura primeiro para depois ter a produção. Ele avisou que a Transpetro precisa de quatro anos para construir o poliduto e é também esse o prazo que o Estado tem para resolver a questão da agricultura. Para iniciar a construção, a Transpetro quer um compromisso do governo estadual, uma garantia de que a produção será aumentada para os 2,8 bilhões anuais de litros que tornam a obra viável.

"Mato Grosso tem condições de ser o maior produtor de etanol do país, mas para isso precisa resolver a questão da logística para exportar esse produto. O que fará com que venhamos para cá é o compromisso da produção". Segundo o presidente da Transpetro, a empresa subsidiária da Petrobras tem duas possibilidades para Mato Grosso. Uma delas é o poliduto ligando Curitiba (PR) a Cuiabá. Outra é o alcoolduto que pode ligar o Paraná a Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Por pedido do secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan, o projeto que era até Cuiabá está sendo estudado até Nova Olimpia. Além desses dois, uma terceira alternativa seria um duto ligando Nova Olímpia a Senador Canedo, em Goiás, possibilidade com menos condições porque a produção mínima exigida seria ainda maior que os 2,8 bilhões de litros/ano.

Machado diz ter certeza que vai poder contar com a boa vontade de todos no Estado, empresários e classe política, para viabilizar a vinda do poliduto. Segundo ele, o mundo vive um momento histórico e o país não pode deixar passar essa oportunidade por não saber aproveitar. O presidente da Transpetro frisa também que é preciso pensar na questão da logística como um todo. Os Estados não podem querer as vantagens isoladamente. "Tem que ser um jogo de ganha-ganha. Temos que pensar o país como um todo se quisermos ser um player mundial na área do etanol". Ele lembra que só o Brasil tem condições de aumentar sua produção de cana para etanol e sem prejudicar a questão alimentar.





Fonte: Gazeta Digital

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