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Internacional
Terça - 04 de Setembro de 2007 às 05:29

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Enviado especial a Porto Príncipe - As forças brasileiras no Haiti contam atualmente com 150 engenheiros militares que atuam em obras de reconstrução no país.

Mas o comandante da divisão de engenheiros militares no país, coronel Antônio César Alves da Rocha, afirma necessitar de pelo menos mais cem homens e de um acréscimo de verba.

Atualmente, o gasto total das forças brasileiras com obras de infra-estrutura no país é de cerca de R$ 5,7 milhões. Mas o coronel diz que o contingente brasileiro necessitaria de um total de R$ 9,9 milhões.

O tema deverá ser um dos tópicos centrais do encontro que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, terá, nesta terça-feira, com colegas das pastas de Defesa de países latino-americanos que contam com tropas no Haiti.

Na segunda-feira, pouco após ter chegado a Porto Príncipe, Jobim participou de uma exibição dos militares brasileiros sobre os feitos da missão militar do país no Haiti, na principal base militar brasileira em Porto Príncipe.

Os militares disseram ser necessário incrementar o setor de reconstrução e disseram ao ministro que, mesmo diante de relatos de que a situação de segurança no Haiti tem apresentado significativos progressos, reduzir o efetivo responsável pela pacificação do país para ampliar o de reconstrução colocaria a atual situação em risco.

Para que o efetivo dedicado a obras de reconstrução seja ampliado, o Brasil dependerá da aprovação do Conselho de Segurança da ONU.

Após a conclusão das reuniões com os ministros de Defesa latino-americanos, na quarta-feira, Jobim poderá obter o apoio destes países para a possível ampliação do número de engenheiros militares que atuem na reconstrução do Haiti

Os engenheiros militares vêm atuando em obras diversas, como recuperação de estradas, asfaltamento de vias, drenagem e perfurações de poços. Nos últimos três meses, eles contam ter reconstruído 120 casas no país.

Segundo o coronel Antônio César Alves da Rocha, em tese o Brasil poderia até se valer da mão de obra de Exércitos de outros países que estão no Haiti, mas, afirma, ''''as outras unidades de engenharia presentes aqui não possuem o mesmo grau de expertise que a brasileira''''.

Segundo o embaixador brasileiro no Haiti, Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, a experiência dos engenheiros militares brasileiros pôde ser aferida recentemente, quando profissionais do país foram enviados para auxiliar na reconstrução do Timor Leste.





Fonte: BBC Brasil

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