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Londres autorizará embriões híbridos de animais e seres humanos
Londres, 4 set (EFE).- Um órgão regulador britânico poderá autorizar nesta quarta-feira a criação de embriões híbridos de animais e seres humanos como primeiro passo para o desenvolvimento de técnicas destinadas ao tratamento de doenças como Alzheimer e mal de Parkinson.
Após vários meses de consultas, a Autoridade para a Fecundação e Embriologia Humanas dará seu esperado sinal verde à prática, segundo antecipa hoje o jornal britânico "The Guardian".
Os pesquisadores querem criar embriões híbridos inserindo células humanas em óvulos de vacas mortas. A expectativa é de extrair valiosas células embrionárias, e com elas combater doenças neurodegenerativas e até mesmo graves lesões da medula espinhal.
A decisão oficial, depois de publicada, deverá passar até o fim do ano pelo Parlamento. Ela foi precedida por meses de lobby a favor, por parte dos cientistas. Ao mesmo tempo, grupos religiosos e outros que se opõem ao uso de células-tronco embrionárias para fins médicos vinham criticando a medida.
Os cientistas argumentam que a utilização de óvulos de animais resolverá o problema da escassez de óvulos humanos. De acordo com a legislação atual, os embriões devem ser destruídos depois de 14 semanas, quando não têm ainda o tamanho de uma cabeça de alfinete, e não podem ser implantados no útero.
Os críticos afirmam que a autorização acaba com a distinção entre o ser humano e o animal. Além disso, vai incentivar a criação de embriões destinados a ser destruídos após a extração das células-tronco.
Equipes de pesquisadores do King's College de Londres e da Universidade de Newcastle solicitaram em novembro de 2006 a autorização da agência governamental para criar os embriões híbridos. Se a pesquisa for aprovada, como se espera, o tema passará a outro comitê, que deverá decidir num prazo máximo de três meses.
Ian Wilmut, chefe da equipe que criou Dolly, a primeira ovelha clonada, espera a decisão favorável para criar embriões híbridos que permitam estudar a doença do neurônio motor, ao lado de Chris Shaw, do Instituto de Psiquiatria de Londres.
Antes de comunicar a decisão definitiva, o órgão regulador estudou o caso durante três meses, com pesquisas de opinião, consultas e debates públicos.
Segundo a autoridade governamental, os especialistas ouvidos se mostraram majoritariamente favoráveis à criação de embriões híbridos citoplásmicos. Neles, uma célula humana é inserida num óvulo animal previamente esvaziado. Outro tipo de embrião, criado com a fecundação de um óvulo animal com esperma humano ou vice-versa, recebeu menos apoio.
Em dezembro, a comunidade científica, grupos de pacientes e pesquisadores criticaram o Governo por causa de um documento oficial que propunha ilegalizar praticamente todas as pesquisas que utilizassem embriões híbridos.
Em maio, as autoridades flexibilizaram sua postura inicialmente negativa.
Segundo Martin Rees, presidente da prestigiosa Royal Society, citado também pelo "Guardian", 61% da opinião pública são a favor da criação de embriões mistos animais e humanos "se isso puder ajudar a entender melhor certas doenças". Só um quarto dos consultados se opôs.
Após vários meses de consultas, a Autoridade para a Fecundação e Embriologia Humanas dará seu esperado sinal verde à prática, segundo antecipa hoje o jornal britânico "The Guardian".
Os pesquisadores querem criar embriões híbridos inserindo células humanas em óvulos de vacas mortas. A expectativa é de extrair valiosas células embrionárias, e com elas combater doenças neurodegenerativas e até mesmo graves lesões da medula espinhal.
A decisão oficial, depois de publicada, deverá passar até o fim do ano pelo Parlamento. Ela foi precedida por meses de lobby a favor, por parte dos cientistas. Ao mesmo tempo, grupos religiosos e outros que se opõem ao uso de células-tronco embrionárias para fins médicos vinham criticando a medida.
Os cientistas argumentam que a utilização de óvulos de animais resolverá o problema da escassez de óvulos humanos. De acordo com a legislação atual, os embriões devem ser destruídos depois de 14 semanas, quando não têm ainda o tamanho de uma cabeça de alfinete, e não podem ser implantados no útero.
Os críticos afirmam que a autorização acaba com a distinção entre o ser humano e o animal. Além disso, vai incentivar a criação de embriões destinados a ser destruídos após a extração das células-tronco.
Equipes de pesquisadores do King's College de Londres e da Universidade de Newcastle solicitaram em novembro de 2006 a autorização da agência governamental para criar os embriões híbridos. Se a pesquisa for aprovada, como se espera, o tema passará a outro comitê, que deverá decidir num prazo máximo de três meses.
Ian Wilmut, chefe da equipe que criou Dolly, a primeira ovelha clonada, espera a decisão favorável para criar embriões híbridos que permitam estudar a doença do neurônio motor, ao lado de Chris Shaw, do Instituto de Psiquiatria de Londres.
Antes de comunicar a decisão definitiva, o órgão regulador estudou o caso durante três meses, com pesquisas de opinião, consultas e debates públicos.
Segundo a autoridade governamental, os especialistas ouvidos se mostraram majoritariamente favoráveis à criação de embriões híbridos citoplásmicos. Neles, uma célula humana é inserida num óvulo animal previamente esvaziado. Outro tipo de embrião, criado com a fecundação de um óvulo animal com esperma humano ou vice-versa, recebeu menos apoio.
Em dezembro, a comunidade científica, grupos de pacientes e pesquisadores criticaram o Governo por causa de um documento oficial que propunha ilegalizar praticamente todas as pesquisas que utilizassem embriões híbridos.
Em maio, as autoridades flexibilizaram sua postura inicialmente negativa.
Segundo Martin Rees, presidente da prestigiosa Royal Society, citado também pelo "Guardian", 61% da opinião pública são a favor da criação de embriões mistos animais e humanos "se isso puder ajudar a entender melhor certas doenças". Só um quarto dos consultados se opôs.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/208597/visualizar/
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