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Nacional
Segunda - 03 de Setembro de 2007 às 16:56

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Em decisão unânime, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) afastou nesta segunda-feira (3) de suas funções o promotor Thales Ferri Schoedl, acusado de matar um estudante em Bertioga (SP), em dezembro de 2004.

Nesta segunda-feira (3), o CNMP suspendeu decisão do Órgão Especial do Ministério Público de São Paulo que, na quarta-feira (29), determinou a reintegração do promotor por entender que ele teria cargo vitalício. O pedido foi feito pelo conselheiro Nicolau Dino.

O conselho abriu procedimento administrativo para investigar o caso. E vai decidir se o promotor tem direito ou não ao cargo vitalício, o que garante a ele um salário de R$ 10,8 mil. Segundo o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, se perder essa prerrogativa, o promotor será julgado por júri popular e não mais pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Thales Ferri Schoedl pode recorrer.

Em entrevista por telefone, o advogado de Thales Schoedl, Ovídio Rocha Barros Sandoval, disse ao G1 às 12h50 que soube pela reportagem da decisão do CNMP. "Ele afirmou que vai recorrer ao próprio CNMP contra a decisão desta segunda-fera. "Não existe nenhum dado que possa ir contra a decisão. Não sei o que alegaram, mas vamos recorrer. O CNMP é um órgão federal e essa decisão (pelo afastamento) é preliminar. Para que haja uma decisão definitiva, vai haver a possibilidade de defesa", afirmou.

Revolta

Thales Ferri deveria assumir a promotoria do município de Jales, a 585 km da Capital, nesta segunda-feira (3). No entanto, na sexta-feira (31), o promotor pediu um mês de férias.

A nomeação de Thales revoltou a família do jogador de basquete Diego Mondanez, morto em dezembro de 2004 no litoral paulista, e causou polêmica entre os integrantes do poder judiciário e moradores de Jales, que chegaram a iniciar uma campanha para barrar a nomeação do promotor.

A transferência é vista como afronta pelos moradores, pois a família do jogador possui amigos em Jales. O pai de Diego, Flávio Mondanez, é conhecido na cidade como “Flávio Pira”, apelido herdado na quadra de basquete, quando defendia o time local, vice-campeão brasileiro na temporada 1994/95.

Já na manhã de quinta-feira (30), dia seguinte à decisão do MP, dezenas de moradores foram ao fórum procurar o MP para pedir explicações sobre a transferência.

Entre eles estava o presidente local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Guilherme da Costa, que condenou a transferência, mas disse que a subseção local ficará isenta até o julgamento de Schoedl. Os promotores não falaram com a imprensa e a assessoria da Procuradoria-Geral de Justiça não se pronunciou publicamente.





Fonte: G1

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