IPC-S tem alta de 0,42% em agosto; alimentos ainda pressionam

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) acelerou no período até o último dia 31 e fechou agosto com variação de 0,42%, mesma registrada nas semanas encerradas nos dias 15 e 22 do mês passado. Alimentação continua a ser o grupo de maior pressão, mas os grupos Habitação e Vestuário tiveram as altas mais expressivas, informou nesta segunda-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

O índice do grupo Alimentação (1,27% para 0,99%) teve recuo, mas manteve-se como o mais alto entre os pesquisados pela FGV, com destaque mais uma vez para Laticínios --apesar do recuo (6,77% para 5,38%), a categoria manteve o índice pressionado.

Nos grupos Educação, Leitura e Recreação (0,36% para 0,25%) e Despesas Diversas (0,29% para 0,20%) também houve recuos, com destaque para Cursos não Formais (0,66% para 0,11%) e Cigarros (0,61% para 0,30%).

Habitação (0,24% para 0,46%) e Vestuário (-0,61% para -0,26%) foram os grupos que mais subiram no período --no primeiro, o destaque foi o item tarifa de eletricidade residencial (-1,23% para 0,28%). Na segunda, o item roupas (-1,46% para 0,83%) foi o de maior expressão.

Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,43%) e Transportes (-0,47% para 0,45%) também registraram pequenos acréscimos em suas taxas de variação.

O IPC-S tem preços levantados nas 12 capitais que formam a rede de coleta da FGV. No cálculo do índice, cada capital tem peso proporcional à sua população. Compõem o IPC-S cerca de 450 produtos e serviços, agrupados em sete classes de despesas. Os pesos atribuídos a estes itens espelham as despesas das famílias com renda mensal até 33 salários mínimos e são conhecidos por meio de pesquisas de orçamentos familiares realizadas pela FGV.

A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 7 deste mês, será divulgada no próximo dia 10.