Escândalo gay derruba senador nos EUA
O senador republicano Larry Craig anunciou neste sábado que vai deixar o cargo após admitir ter se aproximado com intenções sexuais de outro homem em um banheiro público.
"Peço perdão pelo que causei. Lamento profundamente", disse ele em seu discurso de despedida.
De acordo com o registro da polícia, no dia 11 de junho, Craig entrou em um cubículo ao lado de onde estava um policial à paisana, no banheiro do aeroporto de Mineápolis, e bateu com o pé de uma maneira que o oficial reconheceu como sinal de "vontade de se engajar em conduta sexual".
O senador de 62 anos então gesticulou por baixo da divisória do cubículo, antes de ser detido. Na delegacia, ele admitiu o ocorrido "na esperança de encerrar o caso rapidamente".
Histórico
Mas Craig disse que foi mal-interpretado pela polícia. Após o caso vir à tona, esta semana, o senador, casado e pai de três filhos, insistiu dizendo que "não sou gay. Nunca fui gay".
Mesmo assim, ele vinha enfrentando uma pressão crescente de integrantes de seu próprio partido para se demitir.
"O senador Craig tomou a decisão correta para consigo mesmo, sua família, sua constituinte e para o Senado americano", disse o porta-voz da Casa Branca, Scott Stanzel, após a renúncia.
Representante do Estado de Idaho pelo partido Republicano, Craig era conhecido por adotar posições contrárias aos homossexuais, tendo votado contra a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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