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Internacional
Sábado - 01 de Setembro de 2007 às 20:57

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Washington, 1 set (EFE).- O senador republicano Larry Craig, de Idaho (noroeste dos EUA), anunciou hoje que renunciará a sua cadeira no Congresso devido a um confuso encontro em um banheiro masculino em um aeroporto com um policial que o acusou de conduta lasciva.

Craig, de 62 anos de idade, se apresentou hoje em Boise (capital de Idaho) acompanhado por sua esposa, pelo governador de Idaho, Butch Otter, e por outros funcionários, dizendo que o escândalo "seria uma distração no momento em que os Estados Unidos e seu Senado têm assuntos muito graves nas mãos".

"Peço perdão a minha família, que tem a coragem de me apoiar nestas circunstâncias e ao povo de Idaho pela dor que causei", afirmou o senador em Boise.

A saída de Craig não alterará a situação na Câmara Alta, atualmente controlada pelo Partido Democrata, com 51 legisladores contra 49 republicanos. Craig, cujo mandato expirava em janeiro de 2009, será substituído por um republicano designado pelo governador Otter.

Mas o final abrupto da carreira política de Craig é outro revés para o Partido Republicano. Esta semana o senador da Virgínia, John Warner, um dos políticos mais influentes em temas de defesa e no debate sobre o Iraque, anunciou que não vai concorrer à reeleição em 2008.

Warner, de 80 anos e senador pela Virgínia desde 1979, disse que foi um "privilégio" representar o estado durante 29 anos, mas considera que é hora de se aposentar em vez de buscar a reeleição pela quinta vez.

A aposentadoria de Warner deixará uma cadeira vacante no Senado dos EUA e oferece à oposição democrata a oportunidade de manter, ou inclusive expandir, sua maioria na Câmara Alta, durante as eleições gerais do próximo ano.

Craig foi detido no dia 11 de junho em um aeroporto de Minnesota onde um agente policial, que averiguava conduta sexual em um dos banheiros para homens, alegou que o senador tinha feito propostas lascivas a ele.

Durante anos circularam rumores sobre a suposta homossexualidade de Craig, um senador conservador que foi muito firme em sua oposição à legalização dos casamentos de pessoas do mesmo sexo.

Segundo a gravação de vídeo do depoimento policial de Craig, divulgada pela televisão para todo o país esta semana, Craig disse ao agente: "O senhor foi quem me fez propostas", e o acusou de ter feito uma armadilha para ele.

O agente policial alega que ele estava em um dos box do banheiro quando outro homem entrou no espaço contíguo e fez sinais primeiro com um pé e depois com a mão, abaixo do biombo que separa os recintos.

Depois, segundo o agente policial, ele colocou sua identificação no chão e pediu para que o ocupante do box vizinho saísse.

Craig disse no depoimento que ele não é homossexual, mas também não rebateu a acusação. O senador chegou a um acordo com as autoridades para que fosse retirada a acusação mais grave de "interferência com a intimidade pessoal", e Craig se declarou culpado de "conduta inadequada".

Na terça-feira Craig disse que tinha sido um erro ter se declarado culpado, mas a pressão entre seus próprios colegas republicanos para que deixasse o Senado começou a aumentar.

Em sua declaração de hoje Craig reconheceu que seu caso é uma "distração no momento em que o país enfrenta assuntos muito graves", e achou melhor deixar seu cargo.





Fonte: EFE

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