Bolívia suspende gás natural para Cuiabá e raciona para a Argentina
A Bolívia determinou a suspensão da exportação de gás natural destinado à Usina Termoelétrica de Cuiabá (MT). A usina é responsável por 70% do consumo de Mato Grosso.
A Bolívia também anunciou o racionamento para a Argentina. De acordo com o ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, o motivo do racionamento para a Argentina é atender ao próprio mercado interno e honrar o contrato com o Brasil.
O volume de gás consumido em Cuiabá é pequeno, segundo Villegas, e a suspensão temporária não deve afetar o abastecimento do restante do país.
A Bolívia chegou a reduzir a produção de gás de 40 milhões de metros cúbicos diários (MMCD) para 38,3 MMCD por problemas técnicos na produção e no transporte do produto.
A Argentina importava a média diária de 4,6 MMCD, mas - por problemas internos e para cumprir seus contratos com o Brasil – a Bolívia baixará a quantidade para 2,3 MMCD, segundo o jornal boliviano “La Razón”.
De acordo com o ministro, um campo de gás administrado pela Petrobras está em manutenção, e o outro, a cargo da espanhola Repsol, está inundado - ambos estão localizados no sudeste da Bolívia. Os ductos administrados pela Petrobras e pela britânica Ashmore estão submetidos a trabalhos de manutenção.
A Bolívia se comprometeu a aumentar o volume de gás natural vendido para a Argentina em até 7,7 MMCD nos próximos três anos, enquanto se constrói o novo Gasoduto Nordeste Argentino (GNDA) para bombear 27 MMCD.
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