Polícia prende engenheiro acusado de mandar executar pecuarista em Cuiabá
A Polícia Civil marca mais um gol contra o crime de pistolagem por encomenda em Mato Grosso. Já está em Cuiabá, o engenheiro e pecuarista José Rodolfo Machado Borges, de 53 anos. Ele é acusado de mandar matar a também pecuarista Márcia Maria Borbosa Martins, 50, executada com cinco tiros de pistola em dois de abril deste ano.
O autor dos disparos também está preso. Trata-se do pistoleiro Márcio da Cruz Pinho, de 27 anos, que não recebeu o “prêmio” de R$ 10 mil pela empreitada.
A prisão do engenheiro foi confirmada pelo delegado Márcio Pieroni, titular da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP). O acusado foi preso às 7 horas de ontem, na cidade de Cáceres (Oeste, a 220 km de Cuiabá) onde mora. Borges passa por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e depois vai para a Gerência Estadual de Politer por ter formação superior.
AS PRISÕES
Preso na cidade de Pontes e Lacerda (Oeste, a 450 km de Cuiabá), acusado de matar a a tiros a cartorária Vilmará de Paula, crime também encomendado por R$ 10 mil, mas que ele só recebeu R$ 2,7 mil, Pinho apareceu nas investigações da morte de Márcia, em Cuiabá depois que confessou ter sido contratado por Borges,
O delegado Márcio Pieroni conta que fez uma acareação, colocando os dois frente à frente, quando o pistoleiro não exitou em apontar o mandante, e ainda fez questão de cobrar os R$ 10 mil que Borges prometeu pagar e não pagou pela morte de Márcia.
“O Borges negou, mas o pistoleiro o acusou frente a frente e ainda cobrou o dinheiro do prêmio pela morte de Márcia. Cobrou, porque segundo Pinho, o mandante não pagou. Ou seja, revoltado pelo calote, ele acabou abrindo a boca”, afirmou o delegado Márciom Pieroni.
O MOTIVO
Nas investigações da Polícia, Márcia, uma mulher de alto poder aquisitivo, sem inimigos, muito querida e organizada. Portanto, ninguém aparentemente , teria motivo para ser assassinada. Só que, a Polícia descobriu que Borges estava lhe devendo R$ 600 mil e não queria pagar e ela estava cobrando.
Para não pagar a dívida, Borges teria contratado o pistoleiro Pinho, que executou o serviço e receberia em troca R$ 10 mil. “O motivo foi uma dívida de R$ 600 mil. O Borges devia, não queria pagar e ainda mandou matar a mulher”, afirmou o delegado titular da DHPP.
A EXECUÇÃO
A rica pecuarista Márcia Maria foi executada por volta das 22 horas de uma segunda-feira (02-04-2007) com pelo menos cinco tiros de pistola. Ela estava com o cachorro de estimação na Praça do Cai-Cai, localizada na Avenida São Sebastião, no bairro Goiabeiras, quando foi executada.
Na época, segundo algumas testemunhas que estavam próximo à vítima, um homem parou uma moto na praça. Desceu, começou a atirar e depois fugiu em direção ao bairro do Porto.
A Polícia confirmou a execução e a encomenda do crime. A empresária morava há mais de 30 anos na mesma Avenida São Sebastião, onde era uma pessoa bastante conhecida. "Nunca ninguém soube de nada contra a vítima”, comentou o delegado Roberto Amorim, na época na equipe de investigações da DHPP e que foi local fazer a liberação do cadáver.
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