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Nacional
Sexta - 31 de Agosto de 2007 às 17:59

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Polícia pretende oO delegado Antonio Carlos Menezes Barbosa, do 27º Distrito Policial, responsável pela investigação da Polícia Civil de São Paulo sobre o acidente da TAM, pretende ouvir o presidente da empresa Marco Antonio Bologna para concluir o inquérito sobre o caso. Antes dele, serão chamados também mecânicos da companhia que trabalharam no avião que se acidentou e tripulantes de outras aeronaves.

"O presidente deve ser o último a ser chamado. Quero ter todos os laudos para avaliar se a empresa tem responsabilidade", resume Barbosa. Também deve ser convocado Gilberto Schittini, gerente de padrão de aeronaves da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que teria feito alertas sobre o risco de um avião atravessar toda a pista sem conseguir parar.

Nesta sexta-feira (31), foram ouvidos tripulantes de um avião da Gol que sobrevoaram o Aeroporto de Congonhas momento após o acidente com o vôo JJ 3054 da TAM. O delegado já ouviu 29 tripulantes e, baseado nos depoimentos de quinta-feira, pretende ouvir mais três pilotos que teriam arremetido ao ver que a pista do Aeroporto de Congonhas estava molhada no dia do acidente.

Segundo Barbosa, a investigação deve demorar um ano para ser concluída. De acordo com ele, o inquérito sobre o caso já tem 3.200 páginas e é um dos mais extensos da história do estado. A demora, explica, deve-se à necessidade de avaliar laudos técnicos sobre a pista, o local do acidente, os dados da caixa-preta e a aeronave. "Não depende só de nós. A parte de depoimentos deve demorar uns 60 dias. Quanto ao resto, temos que aguardar o trabalho do Instituto de Criminalistica", explica Barbosa.

Sem os laudos, até o momento, não há como tirar conclusões segundo o delegado Barbosa. "Tudo indica que não há um só culpado pelas causas do acidente. Ao que tudo indica, a pista é um dos fatores, mas não o único.

Depoimento desta sexta-feira

Os dois tripulantes da Gol que prestaram depoimento nesta sexta-feira (30), o piloto Marcos Guimarães Moraes e o co-piloto Maurício Borba Jacomassi, sobrevoaram o Aeroporto de Congonhas momentos depois de o acidente da TAM acontecer. O piloto contou em seu depoimento ser muito amigo do co-piloto Henrique Stephanini di Sacco, que estava na cabine de comando do avião que explodiu, e utilizou a freqüência de emergência da sua aeronave para tentar conseguir mais informações e desabafar com um colega de outro avião após ver a cena.

"Tem que parar aquela porcaria daquele aeroporto lá e nunca mais abrir", chegou a dizer pelo rádio, segundo relatou em seu depoimento. Os dois contaram que toda tripulação ficou bastante abalada ao ver o prédio da TAM Express, atingido no desastre, pegando fogo.




Fonte: G1

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