Lucas: acusado de ser mentor de latrocínios tem antecedentes
O juiz Tulio Dualibi decretou, ontem à noite, a prisão provisória (30 dias) dos 4 acusados do latrocínio de mãe e filha em Lucas do Rio Verde, na quarta-feira à tarde. Rodrigo Melo (Bob) Reverson Sena, Cristiano César Aguiar e Vanderlei de Oliveira foram recambiados, ontem, às pressas para o presídio de Sinop para não serem linchados. A polícia teve muito trabalho para evitar que centenas de populares, revoltados, invadissem a delegacia para pegar os acusados. Houve momentos de tensão entre policiais e populares. A polícia chegou a jogar bombas de gás lacrimogênio para dispersar os populares.
Rodrigo Melo, conhecido como Bob, apontado como mentor do latrocínio da empresária Marlene Girardi, 34 anos, e de sua filha, Isadora, 5 anos, já teve passagem no município pela acusação de tentativa de latrocínio. Segundo a delegada regional Maria de Fátima Moggi, ele chegou a ser preso. “Inicialmente, ele foi reconhecido pela vítima que, após ser assaltada, foi deixada em um mato e baleada. Mas no decorrer das investigações o empresário disse que não tinha mais certeza que era Bob, que acabou solto”, explicou.
Para a delegada regional em Sinop, Fatima Moggi, que esteve em Lucas, “é necessário que eles sejam mantidos na prisão durante as investigações”.
Bob era namorado de uma funcionária de Marlene. “Ele planejou o crime com o Cristiano e Vanderlei que eram vizinhos da vítima. Alega que, sozinho, executou o crime e atirou na mulher e no filho dela, a mando do Cristiano”, acrescentou. Reverson é taxista e teria auxiliado na fuga de Bob, após o crime. “Testemunhas viram Reverson pegando o Bob próximo da igreja onde o carro foi abandonado”, salientou. Segundo ela, mesmo sendo apontados por Rodrigo, os três negam qualquer participação no crime.
Ontem, Bob prestou depoimento na delegacia de Lucas do Rio Verde e contou detalhes do crime. “Ele é muito frio”, enfatizou a delegada. Teria confessado que ficou rondando a casa de Marlene desde às 11h30, na quarta-feira. Quando o filho dela, Luis Girardi, 14 anos, chegou da escola, foi rendido e amordaçado. Antes do meio-dia, a empresária chegou com a menina e as duas foram rendidas.
Ele teria agredido a menina, que teve duas costelas fraturadas e ficou desacordada, conforme demonstraram os exames. Após pegar o dinheiro que estava no cofre, cerca de R$ 2 mil, teria levado os três para o distrito de Primaverinha, onde atirou na empresária e no menino. Deixou o garoto no local e colocou a menina, desmaiada, no porta-malas e o corpo de Marlene por cima, o que causou a morte da menina por asfixia.
Luis Girardi foi encontrado ontem de manhã, no distrito de Primaverinha. Ele levou um tiro, no abdômen, passou por cirurgia e permanece internado, em observação. Conforme o hospital, está reagindo e seu estado é estável.
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