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Economia
Quinta - 30 de Agosto de 2007 às 21:50

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BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que mantém a projeção de crescimento de 5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2008. Ele disse que ao mencionar a possibilidade de uma expansão menor para a economia no ano que vem, ele estava apenas reportando as avaliações correntes no mercado financeiro, apresentadas hoje por ele na reunião ministerial.

Segundo ele, as análises no mercado dão conta de que, na pior das hipóteses, a economia brasileira pode ter uma redução de 0,1 ponto porcentual a 0,3 ponto porcentual no crescimento previsto para o PIB. Mantega, entretanto, não corrobora com este cenário e pondera que a economia mundial não é mais puxada somente pelos Estados Unidos, mas também pela China e Índia. "O crescimento no Brasil é sustentado e vai continuar. O País tem mostrado muita robustez", disse.

O ministro da secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, destacou que o ciclo de desenvolvimento atual do País é sustentado não só do ponto de vista econômico, como também político, já que as instituições têm funcionado plenamente no País, e também do ponto de vista social, já que tem havido redução nas desigualdades.

Déficit nominal

O ministro da Fazenda disse que o Brasil está caminhando para um déficit nominal zero nos próximos dois ou três anos. Segundo ele, a sua previsão "a rigor" sempre foi zerar o déficit nominal até o final do governo. "Mas não posso prometer que será em dois anos. O fato é que o ritmo é muito bom", disse.

Citando novamente o resultado do déficit nominal de julho, divulgado pelo Banco Central (BC) ontem, que foi de 2,08% do Produto Interno Bruto (PIB), o melhor da série histórica, Mantega afirmou: "é bom esclarecer que voltamos a falar em resultado nominal. Antes, só se falava em superávit primário porque se tinha vergonha do resultado nominal".

Segundo o ministro, a redução do déficit nominal ocorrerá pelo aumento da arrecadação, com crescimento das despesas menor do que o incremento das receitas, com o aumento do PIB e com uma dívida financeira menor. "Todas as variáveis da economia conspiram para uma déficit nominal zero em tempo mais breve", afirmou. Mantega disse que um sinal disso é o reconhecimento do mercado, que tem recomendado o Brasil pela sua robustez fiscal.





Fonte: Estadão

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