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Polícia Brasil
Quarta - 29 de Agosto de 2007 às 22:23

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A Polícia Civil em Rondonópolis cumpriu quatro mandados de prisão e quatro de busca e apreensão dentro do inquérito policial que investiga tentativa de homicídio dentro da Unidade Prisional da Mata Grande.

Foram presos o subdiretor do presídio da Mato Grande, José Donizeth da Silva, e os chefes de disciplina Rubens Cláudio Rojas, João Vieira dos Santos Filho e Alexandre Soares da Costa.

Segundo as investigações da Polícia Civil, a tentativa de homicídio do reeducando Celso de Oliveira Hoffman, estaria ligada a fuga da unidade, ocorrida em 13 de junho deste ano, quando 58 reeducandos escaparam através de um túnel que saia de uma das alas do Raio I.

Celso de Oliveira Hoffman teria tentado avisar o subdiretor, o chefe de disciplina do dia (Rubens Clarindo) e o agente prisional Alexandre Soares da Costa, quatro dias antes, sobre a possibilidade de fuga na unidade.

Segundo declarações de Celso à Polícia, o subdiretor teria dito a ele que se calasse, ou seria morto. Os mesmos subdiretores e demais agentes prisionais teriam então, encomendado ao reeducando Adriano Martinelli, a morte de Celso. O pagamento seria efetuado através de drogas e um celular.

No dia 24 deste mês, por volta das 21 horas, Adriano Martinelli resolveu matar Celso com uma faca de cozinha. Celso foi atingido no abdômen e na face. A faca utilizada teria sido entregue por Rubens, o chefe de disciplina. Celso foi socorrido a tempo e não morreu.

Tanto Celso de Oliveira como Adriano Martinelli já prestaram depoimentos à Polícia. Em Cuiabá, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito reiterou a posição do Estado em investigar todas as irregularidades e punir os culpados de acordo com as suas responsabilidades.

Fuga na Mata Grande

No dia 13 de junho, 58 presos cavaram um túnel no raio 1 do presídio da Mata Grande e fugiram. De acordo com a perícia, o túnel tinha 33 metros de extensão. Os presos levaram de cinco a seis dias para cavar o buraco e armazenaram a terra retirada do buraco em celas que estão desativadas.

O diretor do Presídio de Mata Grande, Raimundo de Vasconcelos, disse ao site da TV Centro América à época, que o efetivo era pequeno, mas que as buscas continuariam.





Fonte: TVCA

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