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Nacional
Quarta - 29 de Agosto de 2007 às 21:51

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Aguardado por quem não agüenta mais sofrer em longas filas nos aeroportos, por gente que vê o transporte como alternativa e até por saudosistas, o trem-bala ligando o Rio de Janeiro a São Paulo pode finalmente sair do papel.

Na quinta-feira (30), os governadores José Serra (SP) e Sérgio Cabral Filho (RJ) encontram-se na capital paulista para a assinatura de um convênio que cria o grupo responsável por analisar se o projeto é viável.

Até o momento, o estudo de viabilidade econômica mais atraente é o da empresa italiana Itauplan, que não prevê injeção de recursos públicos. Também foram apresentados à Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, vinculada ao Ministério dos Transportes, dois planos de trem-bala elaborados por grupos alemães. A licitação para a execução da obra deve ser aberta no início de 2008, ano em que já começariam as obras.

Em maio, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, esteve na Itália para conhecer melhor o projeto ferroviário e estreitar o contato com o Banco Internacional Europeu (BEI), um dos financiadores que demonstrou interesse em fazer parte da obra.

Paradas

Pelo projeto da Itauplan, o trem sairia da Estação da Luz, no Centro de São Paulo, e chegaria direto na Estação Central do Brasil, na Região Central do Rio. O trajeto não animou o secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro, Júlio Lopes, que chegou a São Paulo na tarde desta quarta-feira (29) para discutir o assunto.

“A Central do Brasil está muito sobrecarregada. Pensamos em transferir (a parada) para a Estação Leopoldina (Zona Norte)", disse Lopes. O terminal ferroviário da Luz sofreria dos mesmos problemas.

De acordo com o secretário fluminense, que esteve reunido com o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, José Luiz Portella, a passagem do trem custaria R$ 130 e ele andaria a uma velocidade de 285 km/h, percorrendo cerca de 400 km em 85 minutos. Após a reunião, Lopes visitou a estação de metrô Alto do Ipiranga (Linha Verde), recém-inaugurada.

A viagem rápida sobre os trilhos em nada lembra os tempos do Trem de Prata, glamourosa composição que ligou as duas capitais entre 1994 e 1998. O passeio levava mais de oito horas e estava sujeito a ser continuado de ônibus, quando o trem quebrava.

Lopes enfatizou, no entanto, que todas as informações sobre o projeto do trem-bala não passam de propostas. “Vamos criar este grupo para analisar todas essas questões”, afirmou. De acordo com ele, o assunto “tende a ganhar importância” daqui para frente. A sociedade vítima do caos aéreo agradece.




Fonte: G1

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