Aumenta atuação da mulher no mercado de trabalho
O relatório com os índices de evolução das metas no País aponta uma melhora na taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho, que passou de 47,2% para 52,9%, enquanto a dos homens caiu de 76,6% para 73,4%.
Segundo o relatório, os melhores indicadores tanto no acesso quanto na permanência nas escolas são das mulheres. Na educação fundamental, as taxas de freqüência de homens e mulheres são iguais. No ensino médio, a diferença em favor das mulheres diminuiu, mas continua 23% superior a dos homens. Já na educação superior, a diferença em favor das mulheres aumentou, chegando a 31,2% em 2005, contra quase 20% em 1992.
O primeiro indicador proposto pelas Nações Unidas para monitorar a igualdade de gênero e a conquista da autonomia feminina refere-se à comparação entre a proporção de mulheres e de homens que estudam (taxa de freqüência líquida no ensino fundamental, médio e superior).
Outro indicador proposto pelas Nações Unidas para monitorar o desempenho do terceiro Objetivo do Milênio é o número de mulheres exercendo mandatos no parlamento nacional. No caso brasileiro, ampliou-se esse acompanhamento, para verificar a participação política feminina em todos os níveis de governo e nos três Poderes.
O resultado mostra as imensas dificuldades para ampliar a presença feminina nos espaços de representação política. Apesar de terem avançado no mundo do trabalho e apresentarem níveis educacionais superiores aos dos homens, as mulheres ainda ocupam menos de 9% das cadeiras na Câmara dos Deputados e somente 14,8% dos assentos no Senado. Esses números fazem com que o Brasil seja apenas o 104º colocado numa lista mundial de participação feminina no Parlamento, composta por quase 190 países.
Segundo o relatório, houve uma redução de diferenças salariais entre homens e mulheres e entre brancos e negros. No entanto, percebe-se uma clara hierarquia que coloca os homens brancos no topo da pirâmide dos trabalhadores, com os maiores rendimentos e maior grau de formalização. Eles são seguidos pelas mulheres brancas, homens pretos ou pardos e, finalmente, pelas mulheres pretas ou pardas - que recebem somente 47,2% do rendimento-hora médio dos homens brancos.
Entre 1992 e 2005, houve queda nas disparidades de renda entre todos os grupos analisados, ainda que para alguns essa tendência tenha sido mais intensa que para outros.
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