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Nacional
Quarta - 29 de Agosto de 2007 às 01:44

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Ninguém foi poupado. Todos os 40 denunciados pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, no escândalo do mensalão começam a responder agora por crimes como formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, peculato e gestão fraudulenta. A lista dos réus definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) inclui os petistas José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Sílvio Pereira, acusados de formar uma quadrilha que distribuiu pelo menos R$ 55 milhões entre aliados em troca de apoio ao governo. À exceção de Sílvio, o chamado “núcleo político” também responderá pela suposta prática de corrupção ativa.

Depois de um julgamento de 35 horas, em cinco dias de sessões, o Supremo ainda abriu processo contra os núcleos "financeiro e publicitário” da “organização criminosa”, integrados pelo empresário Marcos Valério, três sócios dele e quatro dirigentes do Banco Rural.

Todos respondem por formação de quadrilha. O grupo teria prestado o serviço de distribuir o dinheiro do esquema a políticos - entre eles os ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ), Pedro Corrêa (PP-PE), José Janene (PP-PR) e José Borba (PMDB) e os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). Os parlamentares e ex-parlamentares estão na relação de réus, assim como Luiz Gushiken e Anderson Adauto, dois ex-ministros do primeiro governo Lula.

Na leitura de seu voto, o ministro relator, Joaquim Barbosa, qualificou Dirceu de “chefe incontestável” do esquema. Disse ter pedido a abertura de ação contra o ex-ministro com base em depoimentos, como os de Jefferson, que denunciou o esquema, e de Renilda Santiago, mulher de Marcos Valério. “Admito que há prova mínima de que ele era o mentor supremo da trama e outras pessoas eram meras coadjuvantes”, disse. “Ele merece ser investigado.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo





Fonte: AE

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