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Terça - 28 de Agosto de 2007 às 21:22

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Rodrigo Leonel encarou as duas noites que passou na Delegacia Seccional de Barretos com tranqüilidade, segundo o delegado João Osinski Jr.. Conhecido como Caubói, o ex-BBB foi preso na tarde de domingo por suspeita de estelionato e tentativa de homicídio, após confusão ao tentar entrar na Festa do Peão de Barretos.

Preso, Caubói teve que dividir a cela com outros detentos. "Conversei com ele, oferecemos um colchão. Ele esteve tranqüilo", resume o delegado. "O tempo inteiro procuramos dizer qual era a situação dele", completa.

Rodrigo Leonel ficou famoso ao vencer a segunda edição do programa de televisão “Big Brother Brasil”, em 2002. Para sair da prisão, teve que desembolsar R$ 30 mil, valor que pagou com a ajuda de familiares. "Acredito que a Justiça estipulou uma fiança tão alta em virtude de suas condições financeiras. Acho que deveria ser assim sempre", analisa o delegado.

Após deixar a prisão em Barretos, Caubói viajou para Ribeirão Preto, onde mora. Ele foi para casa descansar. O G1 tentou ouvi-lo, mas seu empresário, Toni Ginesté, afirmou que ele ele só comentará sua prisão em uma coletiva de imprensa na quarta-feira (29) à tarde. Leonardo Carvalho, o porteiro que acabou atingido pelo carro de Caubói na confusão, também foi procurado. A assessoria de imprensa da Festa do Peão ficou de localizar o funcionário, mas, até o começo da noite desta terça-feira (28) não havia se manifestado.

Tranqüilo

Na segunda-feira (27), a ex-BBB Thaís Ventura, de 24 anos, que participou da segunda edição do programa em 2002 ao lado de Rodrigo Leonel e que namorou com ele por quatro anos (2002-2006), disse ao G1 que as acusações da polícia contra o Caubói não combinam com a personalidade dele.

“Uma coisa desse tipo não combina com ele. Ele é uma pessoa tranqüila, cuida de animais. Não é nada do temperamento dele isso”, disse Thaís no início desta tarde. Ela contou que ficou sabendo da prisão de Leonel por amigos em comum.

Thaís disse que, apesar de o namoro com o Caubói ter terminado há cerca de um ano e oito meses e de ela morar no Rio de Janeiro e ele em Ribeirão Preto (a 314 km de São Paulo), os dois ainda mantém contato. “Nos falamos por telefone com freqüência”.

A ex-BBB disse que não está preocupada porque acredita que Leonel "é muito homem" para admitir o erro, caso o tenha cometido. “E, se ele não tiver culpa, não vai ser supresa para mim e eu vou estar ao lado dele para ajudar, caso precise”, afirmou.

Prisão

Segundo a polícia, Leonel adulterou um adesivo que permitia a entrada no estacionamento da festa. Ele teria tentado ingressar na portaria do camping, já dentro do Parque do Peão, quando foi barrado. De acordo com informações da delegacia seccional, Leonel disse que “ninguém o impediria de entrar, porque o pessoal sabia quem ele era”.

O ex-BBB dirigia um Gol preto e teria acelerado o veículo forçando a entrada. O porteiro Leonardo Carvalho acabou atingido pelo carro. O ex-BBB foi autuado em flagrante e levado para a delegacia seccional de Barretos. O porteiro foi atendido no próprio Parque do Peão e seu estado de saúde não é grave.

O empresário de Rodrigo Leonel, Toni Gineste, informou nesta segunda que o ex-BBB foi ao Parque do Peão com o carro de uma amiga e, para entrar, pegou a liberação do carro dele. O porteiro tentou impedir a entrada e houve uma discussão. Depois disso, algumas pessoas entraram na frente do carro. Segundo Gineste, ele "não está preso, apenas detido".

Outras confusões

Antes de Leonel, outros ex-participantes do BBB já protagonizaram confusões e acabaram em delegacias.

Em 2004, o participante da quarta edição do BBB Edílson Buba foi preso em um aeroporto do Paraná com maconha e ecstasy. Ele ficou preso no no Centro de Observação e Triagem Criminológica (COTC), dentro do Complexo Penitenciário do Ahú, em Curitiba (PR). Buba foi solto depois de três meses.

Depois do episódio, ele criou a ONG "Vida Limpa, Vida Livre", dedicada à conscientização contra as drogas. Buba morreu em novembro do ano passado, em Curitiba, vítima de um câncer.

Dois ex-participantes do programa estiveram envolvidos em uma confusão em fevereiro deste ano dentro de uma boate. Kleber de Paula Pedra, de 29 anos, e Alan Marcelo Cavalcante, de 30 anos, foram levados para uma delegacia em Itajaí (SC).

Kleber, conhecido como Bambam, teria iniciado uma briga no banheiro da boate e acabou imobilizado pelos seguranças da casa. Alan teria tentado ajudar o amigo e também foi imobilizado. Os dois haviam sido contratados pela boate para animar uma festa de carnaval.

Ambos foram levados para a delegacia e autuados por perturbação do sossego. Os ex-BBBs também foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) de Itajaí para a realização de exames de corpo de delito.

Vítima de violência

Gecilda da Silva dos Santos, a Cida, vencedora da quarta edição do "Big Brother Brasil", também freqüentou as páginas policiais, mas como vítima. Ela teria sido agredida pelo marido em fevereiro deste ano em Mangaratiba, no Rio. A agressão teria ocorrido em um bar onde Cida estava com amigos e parentes.

A irmã de Cida também teria sido agredida pelo homem com um soco no olho. Segundo Cida, toda a cena foi testemunhada pelo filho de 2 anos. Ela disse, na época, que o ciúme teria sido o motivo da agressão.

A ex-BBB deu queixa contra o marido na delegacia de Mangaratiba, cidade onde comprou uma casa com parte do prêmio de R$ 500 mil que levou ao ganhar o "Big Brother Brasil 4". Ele começou a se relacionar com Cida também graças ao prêmio. O homem foi contratado para ser o segurança da ex-BBB nos tempos de fama e acabaram morando juntos.




Fonte: G1

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