OAB intensificará fiscalização das universidades em MT
A criação do movimento “Ensinar Direito” pelas comissões de Estágio e Exame de Ordem e de Ensino Jurídico vai permitir que haja uma maior fiscalização sobre a prática do ensino jurídico nas universidades de Mato Grosso. A afirmação foi feita pelo presidente da OAB no Estado, Francisco Faiad, ao destacar que “verdadeiros absurdos ocorrem dentro dos cursos de direito das instituições de ensino superior” e que, segundo ele, “necessitam de um maior rigor”, sob pena de os resultados dos exames para acesso a carreira de advogado “continuarem a reproduzir números vergonhosos”.
O movimento tem como objetivo procurar melhorar e resgatar a qualidade de ensino e o desempenho dos acadêmicos na prova que qualifica o profissional da advocacia. A idéia, segundo Jenz Prochnow Júnior, presidente da comissão de Ensino Jurídico, visa a aproximação com as instituições de ensino “detectando os possíveis problemas e sugerindo soluções”. Jenz explicou que o MED pretende realizar um grande debate reunindo todos os segmentos do ensino, como professores e acadêmicos, além da própria direção da instituição, para conhecer os anseios e as dificuldades da classe.
O projeto da campanha está dividido em várias etapas. Inicia-se com trabalho entre os presidentes de Centro Acadêmicos das universidades de direito, depois serão ouvidos os professores, na seqüência haverá apresentação de um diagnóstico individualizado de cada Faculdade e por fim, uma audiência pública onde serão apresentadas as sugestões para os possíveis problemas. “Esse projeto é inédito e pretendem fomentar a discussão direta com os profissionais da educação”, afirmou Daniel Teixeira, da comissão de Estágio e Exame de Ordem.
O movimento fará também uma analise dos planos de ensino, das grades curriculares, do quadro de professores e dos alunos visando às adequações exigidas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pela Ordem dos Advogados do Brasil Nacional. Atualmente Mato Grosso possui 28 instituições de ensino que oferecem curso de Direito. “Não vamos aprovar nada que não seja algo diferenciado”, frisou Jenz.
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