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Economia
Segunda - 27 de Agosto de 2007 às 15:22

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Os juros dos empréstimos bancários para pessoas físicas ficaram em 47% ao ano, em média, em julho, com redução de 0,5% na comparação com junho. Para as empresas, o custo cobrado pelos bancos foi ainda menor, de 23% ao ano, com queda de 0,7% no mês. Os dados são do relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro divulgado hoje (27) pelo Departamento Econômico do Banco Central.

O diretor do Banco Central Altamir Lopes explicou que os juros atingiram o menor nível em julho em decorrência de um processo de redução gradativa das taxas como resposta do mercado para a queda da taxa básica de juros Selic que ocorre desde setembro de 2005.

Altamir Lopes ressaltou, porém, que as recentes turbulências no mercado imobiliário norte-americano levaram os bancos a interromper a queda dos juros cobrados nos empréstimos.

O BC constatou reduções dos juros em todas as modalidades de operações com pessoa física. A queda mais acentuada, em relação a junho, de 29,4% para 28,7% ao ano, aconteceu no financiamento de veículos, enquanto o crédito pessoal cedeu de 51,1% para 50,6%; os financiamentos de eletroeletrônicos caíram de 55,3% para 54,7% e o cheque especial baixou de 139,7% para 139,2% ao ano.

Nas operações de crédito consignadas em folha de pagamento, os juros caíram de 31,5% ao ano em junho para 31% em julho. Por ser a modalidade de empréstimo bancário com menor custo, é também a que mais cresce. A procura por esse tipo de empréstimo aumentou 39,7% nos últimos 12 meses, contra 26,1% do crédito pessoal, e já movimenta R$ 58,712 bilhões, a grande maioria por servidores públicos, aposentados e pensionistas.

No final de julho, o estoque das operações de crédito fechou em R$ 813,4 bilhões, o que equivale a 32,7% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país. Foi uma evolução de 1,7% no mês e soma expansão de 21,5% nos últimos 12 meses.

Os bancos privados nacionais participam com 42,9% da carteira de empréstimos, enquanto os bancos públicos entram com 35% e os bancos estrangeiros com 22,1%.

Do total de empréstimos, R$ 569,4 bilhões se referem a recursos livres e R$ 244 bilhões a recursos direcionados (habitação, rural e outros) realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Enquanto a expansão dos créditos com recursos livres cresceu 2,2% no mês (25,1% nos últimos 12 meses), o volume com recursos dos programas oficiais evoluiu 0,6% no mês (13,8% em 12 meses).





Fonte: G1

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