Criação de complexo turístico vai impulsionar o setor no município de São José
“O potencial turístico é muito grande. Por isso é que queremos receber bem os visitantes”, enfatizou animado o prefeito Massao Paulo Watanabe. “Nós nos preocupamos com o bem estar dos turistas”, reforça a secretaria de Administração da prefeitura e presidente da Comissão Organizadora do Festival, Marisa G. S. Gasques. Entre as preocupações estão coisas simples, como molhar a estrada de terra da cidade até a beira do rio com caminhões pipa para o turista não se incomodar com a poeira e também manter a estrada sinalizada, com placas (cujo formato reproduz um matrinxã) explicando como chegar.
Localizado num ponto estratégico da região do Médio Norte, o município atrai turistas de toda a região, como Lucas, Nova Mutum, Diamantino, Novo Maringá, Campo Novo do Parecis. Pertencente tanto ao pólo da Bacia Amazônica, como ao pólo do Cerrado, o município também está de olho em outros visitantes. Uma pousada da região, recebe por ano pelo menos 10 grupos de turistas suecos. Outros cinco hotéis de porte médio da cidade (além de outros menores) ficam lotados durante eventos como o festival de pesca O Matrinxã do Brasil. Espera-se, também, que novos investidores cheguem à cidade para ampliar a rede hoteleira.
O VIII Festival de Pesca “O Matrinxã do Brasil”, realizado nesta semana e que valeu para uma das etapas do 4º Campeonato Estadual de Pesca, foi um exemplo da motivação que somou os esforços de várias pessoas do secretariado municipal. Milhares de pessoas ocuparam durante três dias boa parte de uma área de 25 hectares localizada a 16 quilômetros do centro da cidade, às margens do Rio Arinos, e de onde partem as embarcações.
É justamente a partir desta área, que a prefeitura quer dar novos rumos para o turismo, movimentando a economia local com a chegada de turistas de todas as partes do Estado e até de outras regiões do país. Isso será concretizado com a construção de um complexo turístico no local. “Um projeto já está pronto no Ministério do Turismo e, uma vez aprovado, começará a ser construído o complexo. Numa primeira fase serão investidos 700 mil reais. O total a ser aplicado, incluindo mais duas etapas, chega a dois milhões e meio de reais”, informou Hiones Gasquer Vicentin, responsável pelo departamento de turismo do município.
O projeto será desenvolvido em módulos e prevê a construção de banheiros (substituindo os atuais que já têm dez anos), chuveirões, restaurante (com um mirante), centro de eventos, uma pousada, quadras de esporte, espaço criança e um espaço apropriado para shows, tanque de peixe (para pesca e exposição comercial). A área da praia será ampliada, com um muro de contenção, serão demarcados os lotes de camping e será instalado um sistema de energia elétrica e distribuição de água (com encanamento). Hoje para fazer o festival, a prefeitura traz para o local dois grupos geradores para fornecer a energia
Para que o projeto comece, primeiro a prefeitura precisará regularizar a área, que pertence ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). “O processo de transferência da área já está quase concluído, faltam apenas alguns detalhes”, observou Hiones.
Por problemas financeiros, no ano passado o Festival de Pesca “O Matrinxã do Brasil” não foi realizado. Prova que fez falta para o lazer da população foi o deste ano que começou no dia 23 (quinta-feira) e estendeu-se até este domingo. Calcula-se que pelo menos dez mil pessoas passaram pelo local. Boa parte dos visitantes ficou em barracas armadas em vários pontos da área. Para facilitar a locomoção, a prefeitura colocou à disposição seis ônibus, que transportaram gratuitamente a população da cidade ao local o evento. Seis ônibus foram colocados gratuitamente pela prefeitura para fazer o transporte da população.
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