Viagra 'torna homem mais carinhoso', diz estudo
Em experiências com ratos, os pesquisadores verificaram que o sildenafil, nome genérico para o Viagra, aumenta a liberação no cérebro da oxitocina, o chamado "hormônio do amor".
Ratos tratados com sildenafil responderam a estímulos neurais liberando três vezes mais oxitocina que os que não haviam sido tratados com a substância.
Às vezes chamada também de "substância do aconchego", a oxitocina desempenha um papel importante na interação social e na reprodução de humanos: aparece durante a amamentação para criar a ligação especial entre a mãe e o filho, assim como em casais apaixonados.
A liberação da substância no cérebro é controlada por uma proteína – a fosfodiesterase tipo 5 – que também limita o fluxo de sangue para o pênis. A ação do Viagra consiste em reduzir os efeitos desta proteína.
Desta forma, a pequena pílula azul parece ter "efeitos físicos além do de permitir um maior fluxo sanguíneo para os órgãos sexuais", disse um dos autores do estudo, o professor da Escola de Medicina e Saúde Pública da universidade, Meyer Jackson.
Mas ele ressalvou que a droga não tem efeito se não houver estimulação:
"Drogas contra disfunções eréteis não induzem ereções espontaneamente, apenas melhoram a resposta a estímulos sexuais", ele explicou.
"O Viagra por si só não induz à liberação de oxitocina, mas melhora a quantidade liberada em resposta a um estímulo elétrico."
O estudo, divulgado na página da Universidade, será publicado na próxima edição do Journal of Physiology.
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