Parentes acusam soldados israelenses de deixar criança morrer
Ruqaiya, irmã da vítima, disse à agência palestina Maan que o menino ainda estava vivo quando terminou a troca de tiros e que os militares israelenses se limitaram a assisti-lo morrer.
"Escutamos tiros na parte de trás da casa e, quando minha mãe e eu fomos ver o que estava acontecendo, nos deparamos com uma cena horrível. Mahmoud estava sozinho sob uma figueira em meio a uma poça de sangue. Ele se mexia, mas não emitia nenhum som", disse a menina.
"Minha mãe perguntou a um dos soldados que estava em sua volta se Mahmoud ainda estava vivo. O soldado respondeu em árabe que talvez sim. Depois, esperaram que ele morresse e foram embora", acrescentou.
De acordo com a versão do Exército israelense, o menino morreu durante o tiroteio, que também matou seu irmão Siddiq, de 22 anos, combatente da Jihad Islâmica. O confronto ocorreu no povoado de Tulkarem, para onde a família da criança, de cidadania israelense, tinha ido visitar parentes, segundo a Maan.
A agência palestina não especifica as circunstâncias que levaram Siddiq al-Qarnawi ao local. O jovem era perseguido pelo Exército israelense por pertencer ao grupo armado. Na última semana, além de Mahmoud e Siddiq, o Exército de Israel matou 18 militantes palestinos em confrontos nos quais seis soldados israelenses foram feridos.
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