Médias diárias indicam um recorde para agosto
As médias diárias de operações de comércio exterior nas três primeiras semanas deste mês indicam que tanto as exportações quanto as importações vão quebrar seus recordes históricos, mais uma vez, em agosto. De acordo com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), as exportações podem fechar o mês em US$ 14,8 bilhões, com alta de 8,8% em relação a agosto passado e superando também os US$ 14,1 bilhões do mês passado.
As importações, por sua vez, têm condições de atingir US$ 11,9 bilhões, com alta de 30,3% em relação a agosto de 2006 e US$ 10,773 bilhões de julho.
Para que as cifras previstas sejam atingidas, basta que as médias diárias das primeiras três semanas do mês sejam mantidas. A média diária da terceira semana de agosto foi de US$ 516,8 milhões.
O Boletim aponta ainda que a recente aceleração das importações torna provável que as compras fechem o ano em US$ 115 bilhões, com alta de 25,8% sobre 2006.
Já as exportações ficariam em US$ 157 bilhões, com crescimento de 14,2%, o que resultaria em um saldo comercial de 2007 a US$ 42 bilhões, com redução de US$ 6 bilhões em relação a 2006.
Apesar do total exportado em dólares ter se mantido em crescimento em julho, houve redução de 4% na quantidade física de produtos vendidos ao exterior em relação ao mesmo mês do ano passado. O crescimento do valor exportado veio do encarecimento dos produtos.
Apesar disso, a Funcex observa em seu Boletim de Comércio Exterior que existe uma desaceleração dos ganhos por aumentos de preço dos produtos exportados nos últimos meses.
A fundação indica também que isso pode se agravar, caso se sustente a recente queda das cotações internacionais das commodities, resultante das turbulências financeiras iniciadas com os créditos hipotecários de segunda linha nos Estados Unidos.
O ganho dos preços foi insuficiente para impedir a queda da rentabilidade das exportações, calculada pela Funcex, em 1% em julho em relação a junho e em 8,7% na comparação com julho do ano passado. A redução da rentabilidade deve-se principalmente à valorização do real.
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