Sobe para 49 número de mortos por incêndios na Grécia

Atenas, 25 ago (EFE).- O número de mortos pelos incêndios que assolam a Grécia desde ontem já chega a 49, segundo o Centro de Gestão de Saúde, enquanto a imprensa grega contabiliza 53 e inclui a dezenas de feridos em diversos hospitais do país.

As autoridades suspeitam que vários deles são de origem criminosa. Mais cedo, o Governo declarou estado de emergência nacional.

O porta-voz do Departamento de Bombeiros, Nikos Diamantis, informou esta noite que as frentes de incêndio mais ativos se localizam na Península do Peloponeso, nas prefeituras de Élida, Lacônia, Messínia e Arcádia, onde morreram 40 pessoas, e em Corinto.

A ilha da Eubéia, ao norte de Atenas, enfrenta dois incêndios que atingiram casas. Dois povoados tiveram que ser evacuados: Stira e Aliveri.

Na Ática ainda estão ativos seis focos de incêndio. Um deles, com frente de 15 quilômetros, avança em direção à localidade de Kalivia, no leste, informou outro porta-voz dos bombeiros, Giorgos Stamulis, à TV ateniense "Alpha".

O fogo já queimou casas em Kalivia enquanto 60 bombeiros com 18 carros tentam extingui-lo.

Stamulis declarou ao canal que os incêndios que afetaram a capital no sábado são possivelmente obra de piromaníacos.

"Houve um plano de distração devido ao fato de nos solicitarem ajuda em Atenas ao meio-dia a partir de diversos pontos falsos para nos desorientar".

Nas primeiras horas da madrugada do domingo devem chegar quatro aviões-tanque franceses com 65 bombeiros especializados em incêndios, três helicópteros da Alemanha, Israel e Holanda, três da Espanha, Itália e Islândia, um helicóptero cisterna da Eslovênia e outro da Noruega.

A Sérvia enviará seis aviões especiais. O Chipre mandará cinco veículos e 30 bombeiros e a Romênia enviará um avião.

Mais de 200 aldeias no Peloponeso ficaram sem eletricidade e outras dez na ilha da Eubéia.

Os meteorologistas prevêem para amanhã fortes ventos, umidade e calor, o que aumenta o risco de maiores incêndios na Grécia.