PB: morre segunda pessoa por falta de cirurgia
Mais uma pessoa morreu na Paraíba por falta de cirurgia cardíaca. A dona de casa Clígia Fernandes Vilar, 32 anos, precisava fazer uma troca de válvula, mas morreu na madrugada desta sexta-feira. Os cirurgiões cardiovasculares encerraram a greve no fim da manhã, após uma audiência do Ministério Público Federal.
Essa semana, Elisângela de Sousa, 28 anos, também morreu porque a cirurgia para troca de válvula foi adiada em virtude da greve.
Clígia morreu na madrugada de hoje na UTI do Hospital Regional de Patos, no sertão paraibano. A irmã da vítima, Thelma Fernandes, explicou que há três meses ela havia comparecido a João Pessoa para uma consulta, onde uma cirurgia foi marcada.
Segundo Thelma, o médico informou que havia pacientes mais graves do que ela. Na semana passada, Clígia voltou a se sentir mal, foi internada em Patos e há três dias o médico tentava marcar a cirurgia urgente, em meio a uma suspensão do atendimento dos cirurgiões por reajuste na tabela do SUS.
Fim da paralisação
Após intensa troca de acusações, a proposta de retorno às atividades por 60 dias partiu do presidente da Cooperativa dos Cirurgiões da Paraíba, Marcos Maia. O acordo prevê que durante esse período sejam feitas negociações salariais entre a categoria e os gestores de saúde.
A Secretaria de Saúde do município tem um prazo de 10 dias para elaborar e apresentar um cronograma de negociações. Ficou decidido também que durante o período nenhum hospital será descredenciado pelo SUS para atendimento dos pacientes cardíacos.
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