Ministros do STF já admitem estender debates sobre o "mensalão"
Para ele, a demora se deve à “alta complexidade da matéria”, pelo número elevado de denunciados. O ministro afirmou que o julgamento tem sido “uma maratona física, um torneio intelectual e um exercício de alta responsabilidade”.
O ministro explicou que são matérias “extremamente delicadas e complexas, que demandam muito debate”. ”A maratona continua hoje com mais discussões, mais temas suscitados pelas defesas dos próprios denunciados”.
Sobre a metodologia de apresentação do voto do relator Joaquim Barbosa, por itens, seguindo a estruturação da denúncia do procurador geral da República, Antonio Fernando Souza, escrita em blocos, Celso de Mello disse que o objetivo foi estabelecer um procedimento racional
“Acho que esse formato permite uma discussão mais aprofundada e uma compreensão mais abrangente da matéria e possibilita que cada juiz do tribunal estruture seu voto em função exatamente dessa opção escolhida pelo ministro relator e que me parece extremamente racional”.
O ministro Marco Aurélio de Mello também considerou a possibilidade de a sessão passar da próxima segunda-feira. Para ele, é possível até que a sessão prossiga na quarta-feira, já que na terça há sessão das turmas do STF. “O importante é marcharmos com absoluta segurança, sem açodamento”.
Ele destacou que as discussões são importantes para que se chegue com maior segurança ao resultado. “Temos que admitir que após o voto em certo bloco poderemos ter, como já tivemos ontem, discussões no plenário. E as discussões são profícuas, são salutares”.
Segundo a assessoria do Supremo, o ministro Eros Grau, adiou uma cirurgia a que iria se submeter amanhã em São Paulo, por causa do julgamento. “Vou arriscar , para não dizerem que eu fugi, disse o ministro”, segundo a assessoria do STF.
A assessoria informou ainda que a presidente do tribunal, ministra Ellen Gracie, vai submeter ao plenário novas datas para a continuidade do julgamento.
Com Marcela Rebelo
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