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Cidades/Geral
Sexta - 24 de Agosto de 2007 às 09:52

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Quase um ano depois, ainda não foi tomado depoimento de nenhum dos acusados de envolvimento num esquema de corrupção que envolvia policiais, advogados e traficantes em Rondonópolis. As irregularidades foram relevadas pela Polícia Federal na operação que ficou conhecida como Overlord.

No Ministério Público de Rondonópolis, o promotor responsável pelo caso aguarda uma posição da justiça. Até agora, nehuma das pessoas presas na operação OVRLORD foi se quer interrogada. De acordo com promotor Sérgio da Silva Costa, os processos estão distribuídos em três Varas Criminais, os processos referentes a 1ª e 2ª Varas estão tendo andamento normal, por conta da presença de juíz titular ou designado para exercer as funções. Já os processos que estão tramitação perante a 3ª Vara estão com andamento prejudicados, por conta da ausência de magistrado titular.

O Operação Overlord foi desencadeada pela Polícia Federal em outubro do ano passado. Vinte de três pessoas foram presas por suspeita de envolvimento com o narcotráfico e lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. Entre elas estão, quatro delegados, um juiz aposentado de Rondonópolis, investigadores, policiais, quatro advogados e seis traficantes. Todos conseguiram habbeas corpus.

Além de aguardarem julgamento em liberdade, nenhum dos funcionários públicos acusados de envolvimento no caso foi afastado do cargo. De acordo com a corregedoria da Polícia Civil, que não quis se pronunciar, os processos administrativos ainda não foram concluídos.

Os advogados suspeitos de participação no esquema também estão enfrentando processo administrativo independente da ação penal. o presidente do Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil OAB, diz que antes do julgamento é preciso garantir ampla defesa aos acusados, direito previsto na Cosntituição.

De acordo com o presidente do Tribunal de Ética da OAB, Luiz Ferreira, a documentação de Rondonópolis já está em posse do Tribunal e o relator nomeado determinou o cumprimento dos autos processuais. Segundo o presidente, agora se espera os recursos de defesa, apresentados pelos advogados, e a partir daí o relator dirá qual o caminho que o processo deve tomar.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ), a falta de juíz não é uma particularidade da Vara de Rondonópolis. Estima-se que a defasagem de juízes estaduais seja de 35 vagas. Mas não há expectativa de realização de concurso porque isso depende de dotação orçamentária.





Fonte: Redação TVCA

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