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Nacional
Quinta - 23 de Agosto de 2007 às 15:01

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O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, condenou nesta quinta-feira a divulgação de trechos de diálogos que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) trocaram durante o primeiro dia de julgamento da denúncia contra 40 acusados de envolvimento com o mensalão.

Britto afirmou que "o Brasil não pode virar um imenso Big Brother, em que a privacidade seja banida". Para ele, "conversas serem violadas por meio de fotografias à tela dos computadores é algo tão inaceitável quanto colocar grampo entre os magistrados e advogados para capturar o teor de suas conversas".

Em nota, o presidente da OAB disse que não há ilegalidade em conversar pelo programa de computador. "O STF adota [a medida] para que os ministros possam, em âmbito estrito e pessoal, trocar impressões reservadas a respeito do processo em julgamento."

Na divulgação dos trechos do diálogo, os ministros Ricardo Lewandowski e Carmen Lúcia trocaram e-mails e opiniões sobre o julgamento. Nesta quinta-feira, no início do julgamento, Lewandowski optou por não entrar na internet. Já o ministro relator Joaquim Barbosa deixou a tela do computador abaixada, impossibilitando a visão de curiosos.

Proibições

Ontem à noite, assessores dos ministros chegaram a discutir a possibilidade de vetar a entrada dos fotógrafos. Porém, na manhã de hoje, a proibição foi suspensa e a entrada dos fotógrafos foi permitida, mas dentro de um espaço delimitado e cercado. Eles não podem ficar próximos ao local onde estão os ministros.





Fonte: Folha Online

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