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Nacional
Quinta - 23 de Agosto de 2007 às 12:23
Por: Daniel Santini

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O vereador Jooji Hato (PMDB) diz que ficou surpreso com a polêmica que a homenagem proposta ao coronel da Polícia Militar Luiz Nakaharada provocou. Apontado como um dos responsáveis pelo massacre do Carandiru, quando 111 presos foram mortos durante rebelião no presídio, o coronel receberá o título de cidadão paulistano da Câmara Municipal na noite desta quinta-feira (23). A homenagem, aprovada na Câmara com ressalvas de vereadores do PT, motivou um protesto do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), da Secretaria de Justiça, nesta manhã.

"Eu não sabia do Carandiru, falavam só do coronel Ubiratan. A homenagem é por todo o trabalho que ele realizou. Ele participou do resgate de vítimas do Joelma, do Andraus tem toda uma carreira que merece ser respeitada", diz Hato, referindo-se a dois dos principais incêndios de São Paulo. "Foram jornalistas e representantes da sociedade civil que vieram me propor a homenagem. Eu achei justa. O coronel me ajudou muito na implementação da Lei Seca na Lapa quando era comandante do policiamento na região", completa Hato.

Mesmo com a polêmica causada pela indicação, o vereador não vê problemas em homenagem um dos suspeitos do massacre. "Ele não foi condenado. Sou médico e vereador, não juiz. Se ele for condenado, a Câmara pode até tentar tirar o título", afirma Hato. Ele evita falar sobre o massacre. "Não participei de uma CPI para investigar o que aconteceu no Carandiru. O que posso dizer é que direitos humanos são para todos, inclusive para prisioneiros. Eles devem ser respeitados."

Hato, que é integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, afirmou respeitar o protesto do Condepe. "Não sou o rei da verdade. São manifestações democráticas."





Fonte: G1

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