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Internacional
Quinta - 23 de Agosto de 2007 às 10:08

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Pelo menos 22 pessoas foram mortas e cinco capturadas em um ataque de supostos militantes da Al-Qaeda no Iraque, a nordeste de Bagdá, segundo a polícia iraquiana.

Entre os mortos está um importante líder tribal árabe sunita que convocou a sua comunidade a se levantar contra os combatentes da Al-Qaeda.

Vários filhos do líder tribal também foram mortos no ataque. Recentemente, eles lutaram ao lado de soldados americanos e iraquianos contra os militantes, que também são sunitas.

Os militantes dispararam morteiros e granadas-foguetes contra casas e uma mesquita sunita na cidade de Kanaan.

O chefe de polícia da cidade de Baquba, general Ali Dilayan, disse que os responsáveis pelos ataques destruíram casas "cheias de famílias".

Até a alguns meses a Al-Qaeda no Iraque os outros grupos insurgentes árabes estavam lutando do mesmo lado, contra o governo iraquiano e as forças lideradas pelos Estados Unidos.

Ex-aliados

Mas um crescente número de antigos aliados na comunidade sunita está contra estes militantes, principalmente por não gostarem da forma severa de islamismo que eles defendem.

A rebelião começou na problemática província de Anbar, que já foi uma área de insurgência sunita, que desde então se espalhou para a província de Diyala – onde os últimos ataques ocorreram – e algumas áreas de Bagdá.

Duas das casas atingidas no último ataque pertenciam a líderes tribais locais que eram contra os militantes, segundo o chefe de polícia da cidade de Baquba, general Ali Dilayan.

Um dos líderes, Yunis al-Tae, foi morto, disse ele.

A polícia reagiu ao ataque com o apoio de atiradores de um grupo adversário que já foi aliado da Al-Qaeda no Iraque.

Dilayan afirmou que 22 dos responsáveis pelos ataques foram presos ao sul de Kanaan, em uma área conhecida como reduto da Al-Qaeda no Iraque.

Vietnã

Em um discurso para veteranos de outras guerras, no Estado do Missouri na quarta-feira, Bush disse que uma retirada do Iraque poderia desencadear uma convulsão como a que ocorreu no Sudeste Asiático depois da saída das tropas americanas do Vietnã.

Em seu discurso, Bush disse que a Guerra do Vietnã ensinou aos americanos a importância de se ter paciência no Iraque.

"Muitos argumentavam que, se nós saíssemos, não haveria conseqüência para o povo vietnamita", disse Bush. "O mundo aprenderia exatamente o quão caras essas impressões erradas seriam."

"Seja qual for a sua opinião naquele debate, um legado inegável do Vietnã é o de que o preço pela saída dos Estados Unidos foi pago por milhões de cidadãos inocentes."

O presidente americano disse ainda que no Iraque havia o perigo adicional de uma retirada americana significar uma vitória para a rede extremista Al-Qaeda, motivando os seus líderes e atraindo novos militantes.

Em seu discurso, Bush também manifestou apoio ao primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, um dia depois de ter feito críticas ao seu governo.

Em viagem ao Canadá, na terça-feira, Bush havia afirmado que chegou a hora de o governo iraquiano mostrar resultados.

O premiê iraquiano chegou a dizer que as críticas americanas foram "descorteses".

No entanto, Bush disse na quarta-feira que Maliki é um "bom homem, com um trabalho difícil".





Fonte: BBC Brasil

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