'Ataque da Al-Qaeda' contra sunitas mata 22
Entre os mortos está um importante líder tribal árabe sunita que convocou a sua comunidade a se levantar contra os combatentes da Al-Qaeda.
Vários filhos do líder tribal também foram mortos no ataque. Recentemente, eles lutaram ao lado de soldados americanos e iraquianos contra os militantes, que também são sunitas.
Os militantes dispararam morteiros e granadas-foguetes contra casas e uma mesquita sunita na cidade de Kanaan.
O chefe de polícia da cidade de Baquba, general Ali Dilayan, disse que os responsáveis pelos ataques destruíram casas "cheias de famílias".
Até a alguns meses a Al-Qaeda no Iraque os outros grupos insurgentes árabes estavam lutando do mesmo lado, contra o governo iraquiano e as forças lideradas pelos Estados Unidos.
Ex-aliados
Mas um crescente número de antigos aliados na comunidade sunita está contra estes militantes, principalmente por não gostarem da forma severa de islamismo que eles defendem.
A rebelião começou na problemática província de Anbar, que já foi uma área de insurgência sunita, que desde então se espalhou para a província de Diyala – onde os últimos ataques ocorreram – e algumas áreas de Bagdá.
Duas das casas atingidas no último ataque pertenciam a líderes tribais locais que eram contra os militantes, segundo o chefe de polícia da cidade de Baquba, general Ali Dilayan.
Um dos líderes, Yunis al-Tae, foi morto, disse ele.
A polícia reagiu ao ataque com o apoio de atiradores de um grupo adversário que já foi aliado da Al-Qaeda no Iraque.
Dilayan afirmou que 22 dos responsáveis pelos ataques foram presos ao sul de Kanaan, em uma área conhecida como reduto da Al-Qaeda no Iraque.
Vietnã
Em um discurso para veteranos de outras guerras, no Estado do Missouri na quarta-feira, Bush disse que uma retirada do Iraque poderia desencadear uma convulsão como a que ocorreu no Sudeste Asiático depois da saída das tropas americanas do Vietnã.
Em seu discurso, Bush disse que a Guerra do Vietnã ensinou aos americanos a importância de se ter paciência no Iraque.
"Muitos argumentavam que, se nós saíssemos, não haveria conseqüência para o povo vietnamita", disse Bush. "O mundo aprenderia exatamente o quão caras essas impressões erradas seriam."
"Seja qual for a sua opinião naquele debate, um legado inegável do Vietnã é o de que o preço pela saída dos Estados Unidos foi pago por milhões de cidadãos inocentes."
O presidente americano disse ainda que no Iraque havia o perigo adicional de uma retirada americana significar uma vitória para a rede extremista Al-Qaeda, motivando os seus líderes e atraindo novos militantes.
Em seu discurso, Bush também manifestou apoio ao primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, um dia depois de ter feito críticas ao seu governo.
Em viagem ao Canadá, na terça-feira, Bush havia afirmado que chegou a hora de o governo iraquiano mostrar resultados.
O premiê iraquiano chegou a dizer que as críticas americanas foram "descorteses".
No entanto, Bush disse na quarta-feira que Maliki é um "bom homem, com um trabalho difícil".
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