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Deputados bolivianos brigam no plenário por ação contra juízes
LA PAZ (Reuters) - Deputados bolivianos trocaram socos, chutes e empurrões na quarta-feira no plenário do Congresso, durante um áspero debate sobre um julgamento por prevaricação proposto pelo presidente Evo Morales contra membros do Tribunal Constitucional.
Esse incidente e distúrbios simultâneos em Sucre (sul), sede da Assembléia Constituinte, puseram de novo em evidência a alta tensão política na Bolívia, onde a "revolução democrática e cultural" do presidente esbarra na férrea oposição de direita.
A briga na Câmara ocorreu na hora do almoço, quando deputados da oposição tentaram ocupar a tribuna exigindo a consideração de uma resolução que adiaria o julgamento, segundo imagens transmitidas ao vivo pelas TVs.
O governista Edmundo Novillo, presidente da Câmara, que havia interrompido a sessão minutos antes do tumulto, disse que a votação sobre a procedência ou não do processo deveria acontecer ainda na quarta-feira.
"É lamentável que alguns tenham chegado à violência, mas a sessão deve chegar à votação", disse Novillo a jornalistas, depois da briga de quase dez minutos, da qual pelo menos três deputados saíram sangrando.
A deputada Lourdes Millares, líder do partido Podemos (direita, o principal da oposição), disse que sua bancada estava disposta a "fazer tudo o que for possível" para impedir o julgamento dos juízes.
O Movimento ao Socialismo (governista) tem votos suficientes na Câmara para aprovar a abertura do processo. Mas o julgamento seria feito pelo Senado, onde a oposição, majoritária, já avisou que não condenará os magistrados.
A aprovação do processo na Câmara leva ao afastamento automático dos juízes do Tribunal Constitucional até o fim do processo no Senado.
Morales propôs o julgamento em maio, depois que o Tribunal Constitucional destituiu quatro ministros da Corte Suprema que o presidente havia designado em caráter interino.
O presidente considerou que esta destituição era ilegal e se destinava principalmente a frear um julgamento de responsabilidades contra o ex-presidente neoliberal Gonzalo Sánchez de Lozada, acusado de genocídio e delitos econômicos e atualmente exilado nos Estados Unidos.
O Podemos acusa Morales de tentar controlar o Judiciário com fins "antidemocráticos e ditatoriais".
Esse incidente e distúrbios simultâneos em Sucre (sul), sede da Assembléia Constituinte, puseram de novo em evidência a alta tensão política na Bolívia, onde a "revolução democrática e cultural" do presidente esbarra na férrea oposição de direita.
A briga na Câmara ocorreu na hora do almoço, quando deputados da oposição tentaram ocupar a tribuna exigindo a consideração de uma resolução que adiaria o julgamento, segundo imagens transmitidas ao vivo pelas TVs.
O governista Edmundo Novillo, presidente da Câmara, que havia interrompido a sessão minutos antes do tumulto, disse que a votação sobre a procedência ou não do processo deveria acontecer ainda na quarta-feira.
"É lamentável que alguns tenham chegado à violência, mas a sessão deve chegar à votação", disse Novillo a jornalistas, depois da briga de quase dez minutos, da qual pelo menos três deputados saíram sangrando.
A deputada Lourdes Millares, líder do partido Podemos (direita, o principal da oposição), disse que sua bancada estava disposta a "fazer tudo o que for possível" para impedir o julgamento dos juízes.
O Movimento ao Socialismo (governista) tem votos suficientes na Câmara para aprovar a abertura do processo. Mas o julgamento seria feito pelo Senado, onde a oposição, majoritária, já avisou que não condenará os magistrados.
A aprovação do processo na Câmara leva ao afastamento automático dos juízes do Tribunal Constitucional até o fim do processo no Senado.
Morales propôs o julgamento em maio, depois que o Tribunal Constitucional destituiu quatro ministros da Corte Suprema que o presidente havia designado em caráter interino.
O presidente considerou que esta destituição era ilegal e se destinava principalmente a frear um julgamento de responsabilidades contra o ex-presidente neoliberal Gonzalo Sánchez de Lozada, acusado de genocídio e delitos econômicos e atualmente exilado nos Estados Unidos.
O Podemos acusa Morales de tentar controlar o Judiciário com fins "antidemocráticos e ditatoriais".
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/210329/visualizar/
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