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Nacional
Quarta - 22 de Agosto de 2007 às 19:04

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Prevendo que a desapropriação de mais de cinco mil famílias que moram próximo ao Aeroporto Internacional de Cumbica pode trazer alguma dor de cabeça, a prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo, começa a esclarecer as dúvidas dos moradores da região. Na tarde desta quarta-feira (22), foi realizada a quinta do total de seis reuniões marcadas.

O objetivo é ouvir a população que pode deixar suas casas, caso a construção da terceira pista em Cumbica seja aprovada pelo governo. De acordo com Patrícia Veras, coordenadora de Assuntos Aeroportuários da prefeitura de Guarulhos, sete bairros serão atingidos com a reforma. Dois deles – o Marilena e o Cidade Seródio – são os que reúnem mais familías (o número não foi informado).

“O objetivo dessas reuniões é, em um primeiro momento, esclarecer a população sobre essa questão da ampliação do aeroporto de Cumbica. As pessoas têm uma sensação de insegurança”, disse Patrícia. Em um mês, o governo federal deve bater o martelo sobre a reforma e a coordenadora garantiu que não há clima de revolta entre os possíveis moradores prejudicados.

“O clima, em geral, tem sido de esclarecimento. A maioria das pessoas quer tirar dúvidas”, afirmou Patrícia. Entre as dúvidas, estão aquelas com relação ao destino das famílias e aos imóveis próprios.

Pelo menos desde 2001 a desapropriação da área no entorno do terminal é discutida. Em 2002, segundo Patrícia, a Infraero realizou um levantamento para descobrir quantas pessoas moravam na região. A pesquisa mostrou que 40% dos habitantes querem uma nova casa, enquanto 60% pedem indenização, caso tenham de deixar seus imóveis.

Obras

Com 3.700 metros, a pista principal do Aeroporto de Guarulhos está interditada para obras desde o dia 20 deste mês. Os funcionários trabalham na parte central da pista, onde já foram feitas medições topográficas e colocadas as sinalizações de segurança, indicando que há operários no local. De acordo com a Infraero, até quinta-feira (23) deve ser feito o trabalho de retirada da camada do asfalto, chamado fresagem.

A primeira fase está programada para terminar em 10 de outubro. A segunda etapa, em uma das cabeceiras, será iniciada em 11 de outubro e interditará apenas um trecho de 1.700 metros, dos quais 1.300 serão reformados e 400 mantidos como área de segurança para escape de aeronaves.

Os outros dois mil metros ficarão livres para pousos e decolagens. Essa fase da obra deve terminar em 30 de novembro, quando toda a pista abre para operações. O trecho final só deve ser reformado em abril de 2008, o que não vai impedir que a pista principal funcione.




Fonte: G1

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