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Cidades/Geral
Domingo - 05 de Maio de 2013 às 11:16

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O carpinteiro de São José do Rio Preto (SP) que mobilizou dezenas de equipes de resgate no último dia 29 de abril, por causa de um trote, foi liberado nesta sexta-feira (3) após prestar esclarecimentos à policia. (Correção: ao ser publicada, esta reportagem informou que o homem poderia ser preso e ter quer pagar os gastos com o resgate. Segundo o delegado André Ayruth Balura, neste sábado (4), ao G1, o homem não será preso, mas, caso o Estado queira o ressarcimento dos danos, poderá entrar com uma ação civil, o que ainda não aconteceu. A nota foi corrigida às 13h40).

O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) responsável pelo caso, André Ayruth Balura, irá encaminhar o caso ao Fórum na segunda-feira (6). Após análise, deverá ser aplicada uma pena alternativa, já que o ato não é crime e sim contravenção penal.

As penas alternativas poderão ser, segundo Balura, o pagamento de cestas básicas ou serviços à comunidade. "Se o Estado quiser, poderá pedir que ele pague os custos que teve com as buscas, mas isto seria uma segunda etapa do caso. Agora, o Fórum deverá apenas ver o que deve ser feito como pena alternativa", explicou.

O trote custou mais de R$ 20 mil aos cofres públicos. Na tentativa de resgate foram mobilizados 35 homens, 12 viaturas sendo elas duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), quatro viaturas do Corpo de Bombeiros, quatro viaturas da Transbrasiliana, empresa responsável pelo trecho, uma da Polícia Ambiental e o helicóptero Águia da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Carpinteiro disse que estava bêbado e sofre de depressão (Foto: Reprodução / TV Tem)Carpinteiro disse que estava bêbado e sofre de depressão (Foto: Reprodução / TV Tem)

Segundo Dorival Pereira da Silva, de 44 anos, responsável pelo trote, ele estava bêbado e sofrendo de depressão. “Foi um momento de irresponsabilidade, burrice e molecagem. Eu errei, estou arrependido e tenho que pagar pelo meu erro. Estou pagando já, pela humilhação diante dos vizinhos e da humilhação pública. O que eles acharem que tem que ser feito, eles devem fazer. Se eu errei, eu tenho que pagar", comentou o carpinteiro.

Em vários trechos da gravação, o homem começa a chorar e a policial que atende a ocorrência tenta acalmá-lo. A policial, então, tenta fazer lembrá-lo do local exato do acidente e pergunta com que carro estava.Relembre o caso
Na gravação, cedida pela polícia ao G1, o homem começa perguntando para a policial se ela pode ajudá-lo. Logo em seguida, começa a chorar. (ouça o áudio ao lado). Sem entender o que está acontecendo, a policial insiste e pergunta o que ocorreu, quando o homem diz “o pneu do carro estourou, eu perdi o controle do carro e o carro desceu”. Ele afirma que o acidente aconteceu na BR-153, entreNova Granada (SP) e Onda Verde (SP), e que os bombeiros já estavam a caminho do local do suposto acidente. O homem também diz que a mulher dele estava no carro, que teria caído em um barranco de 100 metros.

Como a falsa vítima do acidente não sabia informar com precisão o local do acidente, as equipes de resgate fizeram uma varredura por todo o trajeto, em mais de 60 quilômetros. Até o helicóptero Águia foi chamado para ajudar na “busca”. Ele voou até a divisa com Minas Gerais.

A suposta vítima diz que ainda estava no local do acidente, que tentava subir o barranco, que era muito íngreme. A policial então pergunta se ele está muito machucado, e ele diz “estou um pouco machucado, mas está tudo bem.”

O homem também ligou para o Corpo de Bombeiros. Durante o telefonema, o soldado pergunta se o homem, que se diz chamar "Paulo", está ouvindo a sirene e ele diz que não. Ele então é questionado sobre o RG e diz que não se lembra. Ao ser perguntado sobre o telefone de casa, diz que não tem. Após isso, o policial pede para que ele repita as características no veículo.

Ao ser perguntado sobre o endereço, o homem informa que está com a cabeça doendo e não consegue passar as informações pedidas e que está ferido nas pernas, braços e costela. “A gente entrava em contato com ele para pegar mais informações, aí o bombeiro que estava no 193 verificou barulho de cachorro latindo ao fundo e achou estranho. A ligação caiu e ligamos 10 minutos depois para conseguir falar com ele e atendeu uma criança, que falou que o pai estava dormindo, foi aí que constatamos o trote. Depois o Copom disse que o número que ele estava ligando tinha efetuado alguns trotes na semana passada ao 190”, afirma o tenente dos Bombeiros Orival Santana Júnior.

Policiais durante buscas ao possível acidente informado (Foto: Reprodução / TV Tem)Policiais durante buscas ao possível acidente informado (Foto: Reprodução / TV Tem)





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