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Internacional
Quarta - 22 de Agosto de 2007 às 06:21

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De Nova York - Os casos de sífilis em Nova York dobraram no primeiro trimestre deste ano levando o Departamento de Saúde local a pedir que os nova-iorquinos sexualmente ativos limitem o número de parceiros.

O número de casos da doença pulou para 260 entre janeiro e março de 2007 comparado com 128 casos durante o mesmo período do ano passado.

Embora os números sejam pequenos em uma cidade que soma 19 milhões de habitantes, eles apontam uma virada na tendência verificada em relação à doença. Em 2004 e 2005, o número de novos casos havia se estabilizado e, em 2006, o número caiu.

"Pela primeira vez em muitos anos estamos vendo um grande salto em novos casos na cidade de Nova York", disse Susan Blank, comissária-assistente da área de Controle e Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis do Departamento de Saúde nova-iorquino.

"É importantíssimo que os nova-iorquinos sexualmente ativos reduzam o risco de contrair sífilis. A infecção pode ser devastadora e alimenta a disseminação de HIV."

O aumento foi concentrado entre homens (96%) que têm relações homossexuais, a maioria deles moradores do bairro de Chelsea, em Manhattan.

Já a proporção de homens com sífilis que têm relações sexuais com homens e mulheres subiu de 13% para 18%. Segundo o Departamento de Saúde, esse comportamento pode levar ao aumento da doença entre as mulheres.

O número de novos casos entre as mulheres passou de três para dez. Como esse número é pequeno, ainda não está claro se esse aumento entre as mulheres é significativo, mas, se for, "seria a primeira alta em dez anos", informou o Departamento de Saúde.

Negros e hispânicos continuam a representar a maior proporção de infectados, 29% e 27%, respectivamente.

Em relação ao trabalho de prevenção da doença, o Departamento de Saúde nova-iorquino oferece exames médicos gratuitos, distribui camisinhas (mais de 15 milhões desde fevereiro) e ministra palestras em que pede que o número de parceiros seja limitado a fim de diminuir o risco de contágio. A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, cujo primeiro sintoma é uma lesão nos órgãos genitais. Se não for tratada adequadamente, a sífilis pode afetar vários órgãos do organismo, incluindo o coração.




Fonte: BBC Brasil

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