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Internacional
Quarta - 22 de Agosto de 2007 às 05:47

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Viena, 22 ago (EFE).- Os Estados Unidos anunciaram hoje que consideram "insuficiente" o princípio de acordo estipulado na terça-feira entre o Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para o esclarecimento de assuntos pendentes sobre o programa nuclear iraniano.

O embaixador americano na AIEA, Gregory Schulte, falou hoje à imprensa, em Viena, criticando o Irã por querer que "a aplicação do plano dependa de o Conselho de Segurança não adotar mais sanções".

"Uma cooperação que é parcial, condicional e só consiste em promessas para o futuro não é suficiente", acrescentou o diplomata. O seu Governo lidera os esforços para ampliar as sanções contra o Irã por sua falta de cooperação na investigação de seu controvertido programa nuclear.

"Certamente estamos a favor de resolver assuntos preocupantes do programa nuclear iraniano. Mas existem limitações sérias no plano, já que o Irã continua se negando-se a aplicar o Protocolo Adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP)", disse Schulte.

Segundo o protocolo, a AIEA poderia visitar qualquer instalação nuclear iraniana praticamente sem aviso prévio.

Para Schulte, "se os líderes do Irã realmente querem ganhar a confiança do mundo, devem deter suas tentativas de manipular a AIEA e começar a cooperar de forma plena e incondicional".

O Conselho de Segurança da ONU e o Conselho de Governadores da AIEA pediram ao Irã várias vezes a suspensão do seu programa de enriquecimento de urânio. O projeto é especialmente delicado devido a seu possível uso militar.

Irã e AIEA anunciaram ontem, em Teerã, um princípio de acordo para resolver as "questões pendentes", assim como um mecanismo para "facilitar" as inspeções. O subdiretor adjunto da agência, Olli Heinonen, e o negociador iraniano Javad Vaeedi, afirmaram ontem que as suas negociações foram "muito importantes, construtivas e frutíferas".

O acordo será incluído no relatório que o diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, deve apresentar no dia 10 de setembro ao Conselho de Governadores.

Um diplomata ocidental disse à Efe em Viena que o plano "é uma clara tentativa do Irã de tirar a atenção da sua falta de cooperação com a comunidade internacional".

Devido à insistência em desenvolver tecnologias nucleares delicadas, como o urânio enriquecido e a água pesada, os EUA e a União Européia temem que o Irã queira construir armas atômicas.

Teerã rejeita as acusações e garante que seus esforços são pacíficos. O objetivo seria a geração de energia elétrica para poder exportar toda a sua produção petrolífera.




Fonte: EFE

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