Petrobras inaugura P-54 com atraso e 38% mais cara
Em entrevista coletiva à imprensa, o diretor da estatal, Guilherme Estrella, considerou tanto o atraso quanto a elevação de custos "natural" ao setor de petróleo. "O mundo do petróleo mudou muito nesses últimos três anos. O preço do barril subindo aqueceu a indústria internacional, elevou prazos e custos. Não daria para contratar uma unidade desse porte hoje por menos de US$ 1 bilhão", considerou Estrella.
Segundo ele, o prazo de 41 meses necessários para a construção da unidade também está dentro da média internacional, que prevê entre 46 a 52 meses para uma obra desse porte.
Ainda de acordo com o diretor, se iniciar a produção em outubro, conforme o previsto, a P-54 baterá recorde de construção na Petrobras. Antes dela, a plataforma construída em menor tempo havia sido a P-50, em 46 meses. "Nossos prazos já são absolutamente estressados e temos como meta reduzir isso ao máximo possível".
Ainda de acordo com Estrella, a plataforma teve um índice de nacionalização de 62%, portanto, dentro da meta da empresa, de manter o conteúdo nacional entre 60% a 65%, apesar do casco da unidade ter sido convertido em Cingapura, na sede do estaleiro Jurong.
Na entrevista, Estrella também ressaltou que a entrega da plataforma é mais um passo na consolidação da recuperação da indústria naval nacional. Segundo ele, foram gerados cerca de 13 mil empregos diretos e indiretos com a construção da unidade.
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