Empresário é acusado de pedofilia com a própria filha
O caso estava sendo investigado desde 2004 pelo Ministério Público. Na época, a criança tinha 9 anos de idade. O empresário foi denunciado pela procuradora da República Adriana Scordamaglia pelos crimes de atentado violento ao pudor e pedofilia online - divulgação de pornografia infantil na internet. Além disso, foi pedida a prisão preventiva, deferida pela 8ª Vara Criminal Federal de São Paulo, do acusado.
A investigação teve início a partir de uma denúncia anônima, que continha a gravação da transmissão das imagens pela internet. "É um crime novo, os praticados pela internet. As provas são obtidas de forma muita específica. Por isso, a diculdade é a de identificar e localizar o acusado. Tais crimes ocorrem devido à falta de fiscalização na internet", explicou a procuradora.
Segundo ela, só foi possível localizar o empresário depois de a Microsoft ter fornecido os dados cadastrais do usuário do e-mail do MSN, do IP do computador e os horários da conexão. Com estas informações, o Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos do MPF em São Paulo solicitou à Telefônica o nome e o endereço do titular da linha a partir da qual foram realizados os acessos à internet. Com a divulgação da prisão do acusado, a procuradora espera coibir este tipo de crime na rede mundial de computadores.
Na casa do empresário foram encontrados a mesma mesa que aparece na transmissão e as roupas usadas por ele e pela criança no dia do crime. Ao ser interrogado, o acusado admitiu que a roupa e a mesa apreendidas eram suas, que também é usuário do e-mail pelo qual ocorreu a transmissão e que costumava fazer "sexo virtual" em chats, além de reconhecer que já havia mostrado uma vez suas duas filhas pela web cam. Se for condenado, o empresário pode pegar de 9 anos e meio a 17 anos e meio de prisão.
Segundo a procuradora, mesmo defrontado com as cenas gravadas, o empresário negou a prática de qualquer ato libidinoso com a filha. Ela afirmou ainda que o acusado ainda não havia tido tempo para constituir um advogado de defesa.
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