Menor dá tiro e mata jovem em "lan house" em Cuiabá

Duas pessoas foram assassinadas, na noite de sábado (18), na periferia de Cuiabá. A primeira morte aconteceu, por volta das 19h, no interior de uma "lan house", no Jardim Industriário, região do Pascoal Ramos. A dona-de-casa Leonor Pinheiro Correa, 22, usava um computador no estabelecimento, quando foi baleada no braço. O tiro transfixou e atingiu o peito. A vítima ainda foi encaminhada ao Pronto-Socorro Municipal da Capital (PSMC), onde não resistiu ao ferimento e morreu.

O crime foi testemunhado por cerca de seis pessoas que estavam dentro da lan house. De acordo com elas, o autor do disparo teria sido um adolescente que pretendia assaltar o comércio. Na pressa em fugir da polícia, ele acabou deixando cair uma garrucha usada na tentativa de roubo. Uma das testemunhas teria identificado o menor, de 16 anos, que foi preso dormindo horas depois, dentro da própria casa, na mesma região.

Os mesmos policiais militares, que prenderam o adolescente, ainda tentaram a salvar a vida da jovem, levando-a ao PSMC no carro da PM. De acordo com o cabo Streck, responsável pela equipe, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência chegou a ser acionado, mas estaria demorando. "Por isso, não tivemos outra escolha senão socorrê-la na nossa viatura. Infelizmente, não conseguimos salvá-la", lamentava o militar.

Enquanto os médicos do PSMC tentavam reanimá-la, o marido de Leonor caminhava de um lado para o outro, tentava buscas explicações para o que tinha acontecido na casa de jogos. Ao receber a confirmação da morte da esposa, ele parecia estar "anestesiado", recusava-se a aceitar a notícia. "Ela vai se salvar. Agora, estou preocupado com o nosso filho, de um ano e oito meses, que ficou na casa da minha irmã", dizia o marido.

Duas horas depois, o marido da dona-de-casa assassinada foi ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Planalto, onde iria registrar o boletim de ocorrência. Ao entrar no posto da PM, ele foi surpreendido com a presença do adolescente acusado de cometer o crime.

"Eu estava dormindo. Não fiz nada disso que estão dizendo", alegava o menor. Apesar disso, ele foi permaneceu preso.