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Internacional
Domingo - 19 de Agosto de 2007 às 20:37

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DES MOINES, Iowa - A pré-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, reconheceu no domingo que muitos eleitores não gostam dela, mas atribuiu a rejeição a anos de ataques republicanos. Contra esse cenário, ela insistiu que tem um histórico vencedor, apesar das opiniões negativas.

Suas observações foram feitas quando os oito candidatos à indicação presidencial democrata fizeram um debate em Iowa e dias depois de Karl Rove, assessor político do presidente George W. Bush, ter dito que um grande número de eleitores não votaria na ex-primeira-dama.

Clinton e o seu maior rival para a indicação democrata, o senador de Illinois Barack Obama, foram criticados no debate realizado na Universidade Drake, em que outros candidatos comentaram o alto índice do eleitorado que não votaria em Clinton e a inexperiência de Obama em matéria de política externa.

Clinton rebateu: "A idéia de que se pode escapar da máquina de ataques republicana sem ter alto índice de negativos acho que significa que não se acompanhou o que vem acontecendo na política americana nos últimos 20 anos."

As pesquisas indicam que, dentro do partido, ela tem vantagem na casa dos dois algarismos em relação a Obama. A eleição presidencial ocorre em novembro de 2008.

Uma sondagem recente da CBS News indica que 39% dos eleitores em todo o país têm visão desfavorável sobra a candidata, enquanto apenas 20% a têm em relação a Obama. Outras pesquisas atribuem índices negativos ainda maiores.

Barack Obama, que no levantamento feito pela ABC News, em Iowa, teve uma ligeira vantagem, foi criticado por suas declarações recentes sobre política externa, entre as quais a de que se reuniria com rivais dos EUA sem precondições e que poderia autorizar ataques dentro do Paquistão sem a autorização desse país.

"A única pessoa que nos separa de um governo jihadista no Paquistão, que possui armas nucleares, é o presidente Musharraf," disse o senador Chris Dodd, do Connecticut. "Me pareceu irresponsabilidade fazer esse tipo de sugestão."

Clinton disse achar que Obama está errado em dizer que estaria disposto a reunir-se com adversários dos EUA como o Irã sem precondições em seu primeiro ano de mandato. Obama procurou retratar essa crítica como pensamento superado.

"Acho que existe, sim, uma diferença substancial entre mim e a senadora Clinton quando se trata de reunir-se com nossos adversários", alfinetou ele. "Acho que países fortes e presidentes fortes discutem, sim, com nossos adversários. Não devemos ter medo de fazê-lo. Já tentamos a outra maneira, e não funcionou."





Fonte: Estadão

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