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Delúbio Soares leva vida de celebridade em sua terra natal
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares desfila como celebridade em sua terra natal, Buriti Alegre (GO). Delúbio mantém o cargo de professor do Estado, mesmo condenado por receber sem trabalhar. Na tarde de quarta-feira passada, ele recebeu o governador Alcides Rodrigues Filho (PP) no aeroporto de Buriti Alegre e participou da inauguração de um frigorífico, subindo no palco onde estava Rodrigues.
O governador negou relação pessoal ou de governo com Delúbio. "Ele é goiano, é de Buriti Alegre e está prestigiando aqui a inauguração da empresa", afirmou. Delúbio foi e voltou do aeroporto em um Vectra prata --registrado em nome do irmão, o vereador de Goiânia Carlos Soares (PT). Um Astra com dois homens o escoltava.
O promotor Fernando Aurvealle Krebs abriu inquérito em 31 de maio "para investigar retardamento ou omissão" da Procuradoria Geral do Estado, órgão do governo, na demissão de Delúbio do cargo de professor. "Ele pretende ser candidato a deputado federal, representando a classe dos professores. Ficaria muito ruim para ele ser exonerado à bem do serviço público", diz Krebs.
Por ter recebido salário sem trabalhar (de setembro de 1994 a janeiro de 1998 e de fevereiro de 2001 a janeiro de 2005), Delúbio foi alvo de processo administrativo do governo, aberto em junho de 2005, que pode levar à demissão. Em maio passado, a Justiça o condenou a devolver R$ 164.695,51 ao Estado.
O procurador-geral do Estado, Norival Castro Santomé, em viagem, não falou com a reportagem. Seu antecessor, João Furtado de Mendonça Neto, em ofício enviado ao promotor em junho, diz que a Procuradoria "não faz julgamento político" e que o processo de demissão voltou ao órgão porque o ex-tesoureiro do PT alegou cerceamento de defesa.
Delúbio disse à Folha que não falaria "nadinha, nadinha, nadinha". "A última vez em que um cara [jornalista] pôs foi uma frase muito ruim, foi aquele negócio de piada de salão. Eu não falei aquilo", disse, em referência a reportagem de "O Estado de S.Paulo" publicada em outubro de 2005, segundo a qual Delúbio afirmara que as denúncias "serão esclarecidas, esquecidas e acabarão virando piada de salão".
Na festa de inauguração do frigorífico Goiaves, ainda na quarta passada, o repórter insistiu duas vezes para obter uma entrevista, mas recebeu apenas abraços do ex-tesoureiro. Perguntado sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal, Delúbio disse: "Vou esperar. Deixar julgar". Ele é acusado de organizar, com Marcos Valério, esquema de repasse de dinheiro a políticos da base aliada do governo.
Vestindo uma camisa da seleção brasileira, era chamado por vereadores, prefeitos e convidados da festa para tirar fotos. O empresário Gal Lachovitz, um dos sócios do frigorífico Goiaves, disse que Delúbio "talvez tenha ajudado, acelerando um licenciamento, ou algo assim".
Jorge Jonas Zabrockis, outro sócio, afirmou que convidou o ex-tesoureiro para a festa. No começo do governo Lula, disse Zabrockis, Delúbio ajudou no contato do frigorífico, ainda em obras, com empresas fornecedoras de equipamentos. O empresário nega ajuda política.
O governador negou relação pessoal ou de governo com Delúbio. "Ele é goiano, é de Buriti Alegre e está prestigiando aqui a inauguração da empresa", afirmou. Delúbio foi e voltou do aeroporto em um Vectra prata --registrado em nome do irmão, o vereador de Goiânia Carlos Soares (PT). Um Astra com dois homens o escoltava.
O promotor Fernando Aurvealle Krebs abriu inquérito em 31 de maio "para investigar retardamento ou omissão" da Procuradoria Geral do Estado, órgão do governo, na demissão de Delúbio do cargo de professor. "Ele pretende ser candidato a deputado federal, representando a classe dos professores. Ficaria muito ruim para ele ser exonerado à bem do serviço público", diz Krebs.
Por ter recebido salário sem trabalhar (de setembro de 1994 a janeiro de 1998 e de fevereiro de 2001 a janeiro de 2005), Delúbio foi alvo de processo administrativo do governo, aberto em junho de 2005, que pode levar à demissão. Em maio passado, a Justiça o condenou a devolver R$ 164.695,51 ao Estado.
O procurador-geral do Estado, Norival Castro Santomé, em viagem, não falou com a reportagem. Seu antecessor, João Furtado de Mendonça Neto, em ofício enviado ao promotor em junho, diz que a Procuradoria "não faz julgamento político" e que o processo de demissão voltou ao órgão porque o ex-tesoureiro do PT alegou cerceamento de defesa.
Delúbio disse à Folha que não falaria "nadinha, nadinha, nadinha". "A última vez em que um cara [jornalista] pôs foi uma frase muito ruim, foi aquele negócio de piada de salão. Eu não falei aquilo", disse, em referência a reportagem de "O Estado de S.Paulo" publicada em outubro de 2005, segundo a qual Delúbio afirmara que as denúncias "serão esclarecidas, esquecidas e acabarão virando piada de salão".
Na festa de inauguração do frigorífico Goiaves, ainda na quarta passada, o repórter insistiu duas vezes para obter uma entrevista, mas recebeu apenas abraços do ex-tesoureiro. Perguntado sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal, Delúbio disse: "Vou esperar. Deixar julgar". Ele é acusado de organizar, com Marcos Valério, esquema de repasse de dinheiro a políticos da base aliada do governo.
Vestindo uma camisa da seleção brasileira, era chamado por vereadores, prefeitos e convidados da festa para tirar fotos. O empresário Gal Lachovitz, um dos sócios do frigorífico Goiaves, disse que Delúbio "talvez tenha ajudado, acelerando um licenciamento, ou algo assim".
Jorge Jonas Zabrockis, outro sócio, afirmou que convidou o ex-tesoureiro para a festa. No começo do governo Lula, disse Zabrockis, Delúbio ajudou no contato do frigorífico, ainda em obras, com empresas fornecedoras de equipamentos. O empresário nega ajuda política.
Fonte:
Agência Folha
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/210969/visualizar/
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