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Domingo - 19 de Agosto de 2007 às 08:16
Por: José Ribamar Trindade

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As festas raves lembram perfeitamente o “Festival de Woodstokc” – uma das mais longas loucuras que já se teve notícia no mundo, realizada em nome da paz em uma fazenda na cidade de Bethel, em New York com dezenas de pessoas mortas por over dose de drogas no final da década de 60 -, não estão sendo fiscalizadas em Cuiabá e na Baixada Cuiabana. Menores, muitos com idade ainda de pré-adolescência estão indo a loucura. O consumo de bebidas alcoólicas e as drogas é escancarado. Pais e autoridades são coniventes com os absurdos que estão acontecendo. O descaso é total. Existem denúncias até da participação de políticos em festas que nunca duram menos de 24 horas. Uma bala de Ecstasy, só para se ter uma idéia, não custa menos de R$ 80,00, mas é vendida e consumida aos montes juntos com outras drogas, além de bebidas como uisque, cerveja, cachaça e outras que os jovens costumam classificar como “bombas”.

Um jovem freqüentador de festas raves aceitou conversar com a reportagem do Site 24 Horas News sem ser identificado. Ele não nega que também usa droga, mas garante que “eu sei do meu limite e não concordo de jeito algum com que está acontecendo. Logo, logo um garoto vai morrer de over dose e, ai sim, a bomba vai explodir. Enquanto isso, os pais que são coniventes, vão reclamar, pedir justiça e falar mil coisas para justiçar seus próprios erros”, alerta.

Exibindo fotos de menores bêbados e drogados, dormindo em bancos ou em banheiros das festas, na grama de fazendas em Chapada dos Guimarães (Baixada Cuiabana, a 65 de Cuiabá), uma cidade bucólica, além de uma lagoa em Cuiabá, alvos preferidos dos promotores deste tipo de evento, o jovem explica, entre outras coisas, que tudo começa na mais perfeita ordem. Uma paz impressionante, como se naquele lugar não fosse servir palco para cenas, muitas vezes até macabras.

Conta o porta-voz da denúncia, que logo no início da festa, muitas vezes até que aparece a figura de um ou mais representantes do Juizado de Menores. Logo, no entanto, imaginando que ali está tudo em paz, o fiscal da lei vai embora. “Ai o bicho pega. A gurizada começa a ficar louca, até porque, uma das coisas mais raras é a presença de um policial no local. Ai vão chegando os malucos, muitas já vêm drogados ou bêbados e o inferno está formado”, explica.

Embora as festas raves sejam autorizadas pela Polícia através de alvarás pagos, com ingresso cobrado e tudo, nos locais, na maioria das vezes mais distantes do centro, não existe um mínimo de estrutura e segurança. Se do lado de dentro os participantes da festas correm risco de morrer por over dose, do lado de fora os ladrões fazem outro tipo de festa. Os bandidos simplesmente “depenam” os carros.

“Não sei se já morreu algum jovem de over dose. Posso afirmar, no entanto, que muitos já foram retirados das festas raves carregados, indo direto para os pronto-socorros executivos de hospitais particulares. São os país protegendo os filhos para que as ocorrências não vazem para a imprensa. Digo que os pais são coniventes, porque esses mesmos jovens sempre voltam em outras festas e fazem a mesma coisa. Isso eu acho absurdo, até porque, os promotores sabem que as pessoas vão para lá consumir drogas. Ou seja, os promotores sabem o que pode acontecer, e não colocam, pelo menos uma ambulância para uma eventual emergência”.

A liberdade é um direito sagrado do povo brasileiro. A reportagem, mais uma vez não é contra as manifestações, principalmente as festas, sejam elas quis forem, inclusive as raves. Agora, os limites e, principalmente vo direito também sagrado à vida do ser humano também precisam ser respeitados, o que não está acontecendo.

Que os jovens brinquem, dancem, bebam pelo tempo que acharem necessário, de uma a 48 horas, até mais, mas que tenham seus limites e que respeitem os limites dos outros, o que também não está acontecendo. Entre as denúncias também existe uma que não pode deixar de ser destacadas. A volta das festas raves. Bêbados, ou drogados, as mesmas pessoas que estavam nas festas, muitas vezes por mais de 24 horas sem dormir, ainda se atrevem a dirigir seus carros turbinados.

Muitas acidentes têm acontecido no início da manhã, ou nos finais das tarde dos domingos, justamente após nos términos das festas raves. Acidentes que causaram grandes tragédias, com vítimas fatais, graves e leves, tanto para quem estava dentro dos carros voltando, quanto para pessoas inocentes que, por ironia do destino estavam no lugar e na hora erradas no momento daqueles acidentes.

Os ingressos para uma festa rave, custa em média, R$ 40,00, sem contar com os outros custos altíssimos. Portanto, não é para qualquer um. Os locais são freqüentados por pessoas de classe média alta, a maioria por jovens filhos de famílias tradicionais da alta sociedade. “Não vi gente pobre nestas festas não. Só vi filhinho de papai ricos por lá, inclusive um deputado que costuma não perder uma”, concluiu o jovem.

UM RECADO - Alguém precisa parar para pensar sobre o assunto. Alguém precisa fazer alguma coisa urgente antes que seja tarde.





Fonte: 24HorasNews

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