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Sábado - 18 de Agosto de 2007 às 13:39

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A pavimentação de 50 quilômetros da BR 163, no Nortão, já licitada e contratada, só deve ser executada no ano que vem. A obra está inclusa no Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), apresentado hoje de manhã, pelo secretário nacional de Política de Transporte do Ministério do Transporte, Marcelo Perrupato, em Cuiabá. A previsão de iniciar a pavimentação entre Guarantã do Norte e Santarém (PA) onde está o porto, aproximadamente 1.000 km, esse ano não se concretizará. Um levantamento de entidades em Sinop, conforme Só Notícias já informou, aponta que há 6 pendências burocráticas para serem eliminadas até ser liberada a licença definitiva para começar a pavimentação. Mesmo inserida no PAC (Programa de Aceleração e Crescimento) o projeto está tramitando lentamente.

A pavimentação da rodovia será a redenção da região Norte de Mato Grosso que terá sua economia fortalecida com esta importante via de escoamento da safra agrícola e madeira para o mercado externo.

Ficou para 2008 também o asfaltamento de 240 quilômetros da BR 158, de Ribeirão Cascalheira a Porto da Mata. O plano também prevê para até 2023, a oficialização de projetos como a hidrovia Teles Pires – Tapajós, que dará acesso a BR 162, com investimentos previstos de R$ 1,1 bilhão e início previsto para após de 2015. A implantação e pavimentação de 465 quilômetros da BR 242, que interliga a BR 163 a BR 158, com recursos orçados na ordem de R$ 550 milhões também entram dentro do Plano, mas com previsão a ser realizada no período de 2008 a 2011.

“Mato Grosso sofre com a falta de crescimento motivada pela incapacidade de planejar. O PNLT sinaliza que queremos enfrentar esse problema para o crescimento do país”, discursou o presidente da Fiemt, Mauro Mendes.

As projeções feitas pela Fundação de Instituto de Economia e Pesquisas da Universidade de São Paulo (Fipe/SP) apontam uma expansão de 5,9% ao ano entre 2007 e 2023 do agronegócio para o vetor amazônico, do qual Mato Grosso passa a fazer parte com as mudanças. A estimativa com o plano é reduzir em média 60% dos custos com transportes no Estado, principalmente por meio rodoviário.

As ferrovias, que respondem hoje por cerca de 25% do transporte de cargas, terão a participação aumentada para 32%. As hidrovias, com participação de 13% na matriz de transportes, passarão a responder por 29%. As rodovias continuarão majoritárias na matriz, mas a participação delas deve cair dos atuais 58% do transporte de cargas para 33% até 2023.

O secretário Marcelo Perrupato revelou que o PNLT estima um investimento total de mais de R$ 172 bilhões em todos os modais e dentro desses sete vetores que, além do vetor Amazônico, compreendem ainda vetores Centro Norte, Nordeste Setentrional, Nordeste Meridional, Leste, Centro Sudeste e Sul. O Estado de Mato Grosso faz parte também do Centro Norte e Centro Sudeste.

O transporte dos produtos por meios rodoviários, inclusive de cargas típicos de ferrovias e hidrovias, tem provocado um desequilíbrio da matriz e causado ao país um prejuízo anual de cerca de U$ 2,5 bilhões. Com isso, o Brasil perde competitividade em relação a outros países e deixa de aumentar sua participação no comércio internacional. “O transporte tem que ser indutor de investimento e não obstáculo”, argumentou Perrupato.

O Plano Plurianual de Investimento (PPA) 2008/2011 de Mato Grosso já deve ser elaborado com base no PNLT.





Fonte: Só Notícias

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