Bocejo tem relação com empatia entre pessoas, diz estudo
Os pesquisadores observaram que crianças com autismo bocejaram menos do que as outras ao assistirem vídeos em que adultos aparecem bocejando.
Segundo os especialistas, isso aconteceria porque o bocejo “contagioso” e a empatia entre as pessoas têm mecanismos neurológicos semelhantes, e o autismo é uma desordem que afeta seriamente a interação social e o desenvolvimento da habilidade de comunicação dos indivíduos.
Sintomas do autismo
"Se o bocejo é relacionado à capacidade de transmitir empatia, então é possível que os indivíduos com autismo, cuja demonstração de empatia é prejudicada pelo problema, demonstrem os sintomas da doença ao não se contagiarem pelo bocejar dos outros", explicou o professor Atsushi Senjo, que liderou o estudo.
“Alguns especialistas em primatas e psicólogos sustentam que o bocejo contagioso funciona usando o mesmo princípio da capacidade de demonstrar empatia, mas outros psicólogos argumentam que o contágio é um simples reflexo.”
"Nossa pesquisa confirma as previsões da teoria da empatia ao revelar que indivíduos com desenvolvimento atípico do relacionamento com os outros não se contagiam pelo bocejo das outras pessoas", afirma.
Muitos animais com coluna vertebral bocejam espontaneamente, sendo que somente os humanos, chimpanzés e outras espécies de primatas sofrem de bocejo "contagioso".
Recentemente, pesquisadores americanos disseram que o efeito "contagioso" do ato de bocejar seria um mecanismo para ajudar um grupo de pessoas a se manter alerta.
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