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Cidades/Geral
Sábado - 18 de Agosto de 2007 às 07:23

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Um alerta do Ministério da Saúde afirma que 12% das pessoas entre 12 e 65 anos são dependentes alcoólicos. Muitas vezes eles perdem o trabalho e a família por causa da bebida. O alerta está sendo veiculado em uma campanha do ministério.

“Eu cheguei aqui quase morto. Eu pensei que eu ia morrer mesmo”, conta uma pessoa que não quis se identificar.

A situação do homem revela o lado da bebida alcoólica que ninguém quer ver, é o que mostra uma campanha do Ministério da Saúde veiculada em todo o país. São conseqüências inevitáveis para quem abusa do consumo ou já é alcoólatra. O dependente que percebe que o alcoolismo é doença e procura tratamento, consegue abandonar o vício.

Foi assim com Admilson Diogo Nunes (51), mestre de obras que procurou tratamento. Ele começou a beber cachaça aos 13 anos. Trabalhador da construção civil, Admilson contou que a situação se tornou insustentável, a ponto de ficar sem emprego e sem família.

“Eu pedia a Deus todo o dia para eu achar uma solução, pra mudar a minha vida. Para uma pessoa que trabalhou tanto, é muito difícil”, disse Admilson.

De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, o consumo de álcool vem aumentando nos últimos anos. Em 2001, 11,2% das pessoas entre 12 e 65 anos eram dependentes. Em 2005 o índice subiu para 12,3%.

Outra vítima que não quis se identificar experimentou o álcool pela primeira vez aos 16 anos e não parou mais. Agora com 38 anos resolveu buscar tratamento. Entre os prejuízos, o alcoolismo destruiu um casamento de 17 anos. “A bebida se torna uma forma de destruição do lar”, disse.

O psiquiatra explica que a ansiedade e depressão levam a dependência do álcool. Mas longe de ser um remédio, a bebida só piora tudo. Além de doenças físicas, leva a transtornos e a caminho que pode não ter mais volta.

“O álcool cria transtornos orgânicos, cirrose, alterações gástricas, alterações cardíacas, neurológicas, alterações de todos os teores e por último, alterações psiquiátricas, onde a pessoa fica até psicótica”, disse o médico psiquiátrico Zanizor Rodrigues da Silva.

“A pessoa que tem que mudar. Se a pessoa não tiver coragem, se conscientizar que ele é um alcoólatra e acabar com o medo e não procurar uma clínica para recuperar, não tem jeito”, disse o mestre de obras Admilson.





Fonte: TV Centro América

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