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Polícia Brasil
Sexta - 17 de Agosto de 2007 às 17:11

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Os fundadores da Igreja Apostótica Renascer em Cristo, Estevam e Sônia Hernandes, foram condenados a cumprir cinco meses de prisão em regime fechado e mais cinco meses de prisão domiciliar nos Estados Unidos. Além disso, terão de cumprir, contando a partir desta sexta-feira (17), dois anos de liberdade vigiada, o que significa que eles só poderão sair dos EUA com autorização judicial.

A sentença foi proferida nesta sexta pelo juiz Federico Moreno do Tribunal Federal do Sul da Flórida. O juiz determinou que o casal cumpra a pena de forma intercalada - na segunda-feira (20), Estevam vai para um presídio, enquanto Sônia fica em prisão domiciliar. Cinco meses depois as posições se invertem. A razão disso, segundo a sentença, é manter pelo menos um deles em casa para cuidar dos filhos.

Os Hernandes foram presos no dia 9 de janeiro no Aeroporto de Miami depois de tentar passar na alfândega com US$ 56,5 mil, apesar de terem declarado apenas US$ 10 mil. Ficaram presos durante dez dias, pagaram fiança e conseguiram liberdade assistida, monitorada pela polícia por tornozeleiras eletrônicas.

Em audiência no dia 8 de junho, Estevam e Sônia se declararam culpados dos crimes de evasão de divisas e conspiração para violar a lei. Em troca da confissão, eles foram dispensados de ir a julgamento em corte norte-americana, na qual, pela legislação dos Estados Unidos, poderiam ser condenados a até dez anos de prisão. Na ocasião, Sônia também chegou a chorar durante a audiência.

Misericórdia

Nesta sexta (17), o casal da Renascer foi novamente ouvido no tribunal. Estevam pediu misericórdia ao juiz. Aos prantos, a bispa Sônia disse que estava profundamente arrependida e se disse culpada.

O juiz Federico Moreno suspendeu a sessão no início da tarde para analisar documentos apresentados pela defesa. Os advogados pediram na quinta-feira (16) à Justiça norte-americana que Sônia e Estevam cumprissem pena em liberdade condicional. Nos documentos apresentados, a defesa do casal diz que, se for enviado a um presídio, Estevam corre risco de morte por ter problemas cardíacos.

Os advogados também disseram, nos documentos, que a origem dos problemas que o casal enfrenta no Brasil é uma reportagem da Revista Época, de maio de 2002. Segundo os advogados, as alegações da revista nunca foram provadas.

Durante a liberdade assistida, eles viveram em um condomínio fechado em Boca Raton. Após zerar contas com a Justiça norte-americana, o casal terá outra batalha jurídica pela frente. Eles serão enviados de volta ao Brasil. Em São Paulo, respondem a processo por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e estelionato - e chegaram a ter a prisão preventiva decretada.

Neste ano, o casal chegou a participar por meio de telões, com transmissão via satélite, de cultos no Brasil.




Fonte: G1

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