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Endesa avalia participação em usinas do rio Madeira
RIO - O grupo espanhol Endesa "avalia" a possibilidade de participar das usinas hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia. "Estamos conversando com todo mundo que quer conversar", disse o presidente da Endesa Geração no Brasil, Francisco Bugallo, em entrevista à Agência Estado. O grupo, cujos ativos de geração no Brasil somam uma potência de 3.188 MW, ainda não tem um formato definido do investimento, mas prevê que será por meio de algum consórcio. A estratégia da Endesa é buscar outras empresas que sejam "parecidas" com o grupo, ou seja, que tenham forte presença no setor de energia elétrica. O ideal, segundo Bugallo, é conseguir juntar um grupo de quatro a cinco outras empresas.
O fato de o controle da matriz espanhola ser disputado na Europa não inibe os passos da empresa no Brasil, segundo Bugallo. Até porque há a expectativa de que o processo seja concluído no mês que vem. O grupo espanhol Acciona e o italiano Enel fizeram proposta formal de aquisição da Endesa, vencendo uma longa disputa com o grupo alemão EON, que durante vários meses tentou adquirir a geradora espanhola, apesar da oposição por parte do governo daquele país. A previsão é que a mudança de controle seja finalizada em setembro. "Não estamos parados. Temos de buscar negócios no Brasil", resume Bugallo.
O grupo atua no Brasil nos três principais segmentos: geração, transmissão e distribuição. Em 1998, a Endesa adquiriu a hidrelétrica de Cachoeira Dourada, em Goiás, e construiu uma usina térmica movida a gás natural em Fortaleza, no Ceará. Segundo Bugallo, a disputa com o governo de Goiás referente à usina de Cachoeira Dourada "é coisa do passado" e hoje não há mais nenhum atrito com a Celg, a distribuidora controlada pelo governo goiano.
Na distribuição, o grupo Endesa controla a Ampla, que atende o interior do Rio de Janeiro, e a Coelce, no Ceará. Além disso, o grupo é dono da CIEN, que construiu uma linha de transmissão interligando o Brasil e a Argentina. Essa linha foi prevista inicialmente para viabilizar a exportação de energia do país vizinho para o Brasil, mas nesse momento está sendo utilizada em sentido contrário, com a transferência de cerca de 1.000 MW diários para aquele país. "Nós já prevíamos que a linha poderia ser útil nos dois sentidos. Tanto que fizemos a estação conversora para 50 e 60 ciclos", disse Bugallo.
Abertura de capital
O executivo disse que a Endesa não afastou a possibilidade de abrir o capital no Brasil, mas está sem pressa para adotar a decisão. Segundo ele, como o grupo está capitalizado, não está precisando de recursos financeiros a curto prazo. O objetivo seria principalmente para dar mais transparência e visibilidade ao grupo que, segundo Bugallo, já adota boas práticas de governança corporativa. "Não teríamos problemas em ter nossos papéis listados no Novo Mercado da Bovespa", garantiu.
Segundo ele, a Endesa conseguiu a ISO 14.000 para as suas atividades de geração, o que ilustra boas práticas em relação ao meio ambiente. Caso conclua a abertura de capital, a estratégia é que sejam vendidos títulos da holding no Brasil, englobando os ativos de geração, transmissão e distribuição.
O fato de o controle da matriz espanhola ser disputado na Europa não inibe os passos da empresa no Brasil, segundo Bugallo. Até porque há a expectativa de que o processo seja concluído no mês que vem. O grupo espanhol Acciona e o italiano Enel fizeram proposta formal de aquisição da Endesa, vencendo uma longa disputa com o grupo alemão EON, que durante vários meses tentou adquirir a geradora espanhola, apesar da oposição por parte do governo daquele país. A previsão é que a mudança de controle seja finalizada em setembro. "Não estamos parados. Temos de buscar negócios no Brasil", resume Bugallo.
O grupo atua no Brasil nos três principais segmentos: geração, transmissão e distribuição. Em 1998, a Endesa adquiriu a hidrelétrica de Cachoeira Dourada, em Goiás, e construiu uma usina térmica movida a gás natural em Fortaleza, no Ceará. Segundo Bugallo, a disputa com o governo de Goiás referente à usina de Cachoeira Dourada "é coisa do passado" e hoje não há mais nenhum atrito com a Celg, a distribuidora controlada pelo governo goiano.
Na distribuição, o grupo Endesa controla a Ampla, que atende o interior do Rio de Janeiro, e a Coelce, no Ceará. Além disso, o grupo é dono da CIEN, que construiu uma linha de transmissão interligando o Brasil e a Argentina. Essa linha foi prevista inicialmente para viabilizar a exportação de energia do país vizinho para o Brasil, mas nesse momento está sendo utilizada em sentido contrário, com a transferência de cerca de 1.000 MW diários para aquele país. "Nós já prevíamos que a linha poderia ser útil nos dois sentidos. Tanto que fizemos a estação conversora para 50 e 60 ciclos", disse Bugallo.
Abertura de capital
O executivo disse que a Endesa não afastou a possibilidade de abrir o capital no Brasil, mas está sem pressa para adotar a decisão. Segundo ele, como o grupo está capitalizado, não está precisando de recursos financeiros a curto prazo. O objetivo seria principalmente para dar mais transparência e visibilidade ao grupo que, segundo Bugallo, já adota boas práticas de governança corporativa. "Não teríamos problemas em ter nossos papéis listados no Novo Mercado da Bovespa", garantiu.
Segundo ele, a Endesa conseguiu a ISO 14.000 para as suas atividades de geração, o que ilustra boas práticas em relação ao meio ambiente. Caso conclua a abertura de capital, a estratégia é que sejam vendidos títulos da holding no Brasil, englobando os ativos de geração, transmissão e distribuição.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/211215/visualizar/
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