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Inclusão feminina no mercado de trabalho não diminuiu tarefas domésticas
Marciane Neves Faustino começa a trabalhar às 6h. Levanta cedo, caminha algumas quadras até o serviço, veste o avental e começa o dia. Ela é copeira em um hotel no bairro Baú, em Cuiabá. Marciane é negra, tem 32 anos, ganha menos de dois salários mínimos e é gestante. Quando volta para casa, ela costuma passar roupas, fazer o jantar e lavar a louça. Em média, Marciane gasta 14 horas por semana com os afazeres do lar, mas não gosta nem de pensar como será quando o filho nascer: "Aí o serviço vai aumentar e muito", preocupa-se a trabalhadora.
Marciane é um reflexo direto de um estudo apresentado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatisticas (IBGE). Os números mostram que a crescente participação da mulher no mercado de trabalho não diminuiu a jornada delas com os afazeres domésticos. Na faixa etária de 25 a 49 anos, onde a participação feminina em atividades remuneradas é maior, o trabalho doméstico é realidade para 94% das mulheres brasileiras. E é nessa idade também que elas geralmente têm que cuidar de crianças pequenas, o que faz com que a média com as atividades do lar chegue a 27,6 horas semanais.
Os números mostram que no centro-oeste o tempo gasto pelos homens de 25 a 49 anos em serviços domésticos é de apenas 9,6 horas semanais, enquanto as mulheres gastam 26,1 horas. Segundo a pesquisa, os homens nordestinos são os que menos ajudam em casa (apenas 46%) enquanto os sulistas são os mais solícitos (62%).
Júnior Carlos Leocadio da Rosa é webdesigner em Cuiabá. Ele tem 30 anos, trabalha em média 8 horas por dia, mas sempre dá uma mão para Maria das Graças Morais da Rosa, mãe dele. "Tenho mais um irmão e uma irmã. Como vivemos num país machista, minha mãe sempre dividiu o serviço. Coisas pesadas vinham pra gente, serviço do lar ficava com minha irmã. Mas com o tempo eu e ele aprendemos que era necessário dar uma mão na cozinha e nos outros serviços também", relata Júnior.
A pesquisa aponta que são homens com o perfil de Júnior, escolarizado e com melhor renda, os que mais ajudam na tarefas do lar (54%). Enquanto que para as mulheres ocorre justamente o contrário, quanto menos escolarizadas, mais tempo gastam com trabalho. Se forem negras, como Marciane, esse número pode aumentar levemente (25,7 horas das negras contra 24,9 horas das brancas).
Por último, o estudo revela que houve um aumento em todo país na proporção de pessoas que realizam tarefas em casa: de 66,9% para 71,5%. Técnicos do IBGE creditam isso a uma ligeira queda no trabalho doméstico remunerado e no rendimento real da população.
Marciane é um reflexo direto de um estudo apresentado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatisticas (IBGE). Os números mostram que a crescente participação da mulher no mercado de trabalho não diminuiu a jornada delas com os afazeres domésticos. Na faixa etária de 25 a 49 anos, onde a participação feminina em atividades remuneradas é maior, o trabalho doméstico é realidade para 94% das mulheres brasileiras. E é nessa idade também que elas geralmente têm que cuidar de crianças pequenas, o que faz com que a média com as atividades do lar chegue a 27,6 horas semanais.
Os números mostram que no centro-oeste o tempo gasto pelos homens de 25 a 49 anos em serviços domésticos é de apenas 9,6 horas semanais, enquanto as mulheres gastam 26,1 horas. Segundo a pesquisa, os homens nordestinos são os que menos ajudam em casa (apenas 46%) enquanto os sulistas são os mais solícitos (62%).
Júnior Carlos Leocadio da Rosa é webdesigner em Cuiabá. Ele tem 30 anos, trabalha em média 8 horas por dia, mas sempre dá uma mão para Maria das Graças Morais da Rosa, mãe dele. "Tenho mais um irmão e uma irmã. Como vivemos num país machista, minha mãe sempre dividiu o serviço. Coisas pesadas vinham pra gente, serviço do lar ficava com minha irmã. Mas com o tempo eu e ele aprendemos que era necessário dar uma mão na cozinha e nos outros serviços também", relata Júnior.
A pesquisa aponta que são homens com o perfil de Júnior, escolarizado e com melhor renda, os que mais ajudam na tarefas do lar (54%). Enquanto que para as mulheres ocorre justamente o contrário, quanto menos escolarizadas, mais tempo gastam com trabalho. Se forem negras, como Marciane, esse número pode aumentar levemente (25,7 horas das negras contra 24,9 horas das brancas).
Por último, o estudo revela que houve um aumento em todo país na proporção de pessoas que realizam tarefas em casa: de 66,9% para 71,5%. Técnicos do IBGE creditam isso a uma ligeira queda no trabalho doméstico remunerado e no rendimento real da população.
Fonte:
TVCA
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/211263/visualizar/
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